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Capital

Luiz Afonso é julgado por 4 mulheres e 3 homens pelo assassinato de arquiteta

Marta Ferreira e Aline dos Santos | 03/03/2011 08:46
Luiz Afonso no banco dos réus: empresário chegou a sorrir antes do início de julgamento. (Foto: João Garrigó)
Luiz Afonso no banco dos réus: empresário chegou a sorrir antes do início de julgamento. (Foto: João Garrigó)

Oito meses após o crime, está sendo julgado nesta quinta-feira no Fórum de Campo Grande o empresário Luiz Afonso Santos de Andrade, 43 anos, assassino confesso da arquiteta Eliane Nogueira, morta as 39 anos, no dia 2 de julho do ano passado. O plenário está lotado para o júri e a platéia parece ser formada eminentemente por estudantes de Direito. Não há manifestações de familiares de Eliane sobre o caso.

Acusado de homicídio triplamente qualificado, Luiz Afonso será julgado por 3 homens 4 mulheres, segundo ficou definido esta manhã.

Na escolha dos jurados, a defesa do empresário dispensou três mulheres e a acusação, feita pelo Ministério Público Estadual e por assistentes de acusação contratados pela família de Eliane, solicitou que fossem dispensados dois homens.

Luiz Afonso aparenta a mesma calma que manteve durante todo o andamento da instrução do processo. Chegou a sorrir antes de começar a sessão, ao conversar com seu advogado, Rui Lacerda.

Usando calça jeans e camiseta de cor clara e sapato bege, ele permaneceu olhando para as mãos, uma segurando a outra, enquanto o juiz Aluizio Pereira dos Santos, que preside o julgamento, lê a peça acusatória.

O crime- O réu admitiu em juízo que matou a mulher por esganadura e colocou fogo no carro, destruindo o corpo parcialmente. Ao confessar o crime, atribuiu a uma discussão típica de casal em conflito. Eles estavam em fase de separação.

O empresário está sendoser julgado por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.Responde, também, por destruição de cadáver.

Luiz Afonso está preso desde o dia do crime. Ele demorou meses para confessar oficialmente ter matado a esposa. Mas havia feito isso em uma conversa extraoficial com o delegado que investigou o caso, Wellington de Oliveira, do 4º Distrito Policial, no bairro Moreninhas.

A defesa de Luiz Afonso nunca tentou colocá-lo em liberdade após o crime, porém tentou adiar o julgamento, alegando que faltou ouvir a mãe do empresário, Maria Noemia dos Santos, que mora em Santa Catarina. O pedido foi negado e o Justiça alegou que não houve interesse da defesa, tanto que foi fornecido endereço errado da testemunha.

No plenário, está previsto que sejam ouvidas duas testemunhas de acusação, o arquiteto Luiz Pedro Scalise, sócio e amigo de Eliane, e o irmão dela, Wladimir Nogueira.

Também está sendo exibido um vídeo sobre o crime, com reportagens que saíram em veículos de comunicação.

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