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Capital

Polícia vai ouvir sócios de clínica onde ocorreram mortes de pacientes

Renan Nucci | 30/07/2014 10:56
Delega Ana Cláudia Medina, da 1ª DP, preside as investigações. (Foto: Marcelo Calazans)
Delega Ana Cláudia Medina, da 1ª DP, preside as investigações. (Foto: Marcelo Calazans)

Prestam depoimento à 1ª Delegacia de Polícia de Campo Grande nesta semana, representantes do Centro de Oncologia e Hematologia de Mato Grosso do Sul, entidade que oferecia serviços à Santa Casa, hospital onde três pessoas morreram, supostamente, em decorrência de sessões de quimioterapia.

Segundo a delegada Ana Cláudia Medina, responsável pelas investigações, na sexta-feira (1) será ouvido o médico José Maria Ascenço, um dos sócios do Centro. O outro sócio é o ex-presidente do Hospital do Câncer e envolvido em irregularidades na instituição, Adalberto Siufi.

Amanhã (31), deveria prestar depoimento o médico Henrique Guesser Ascenço, porém, sua ausência foi anunciada formalmente de maneira antecipada, por meio de um advogado. Ele viaja e por isso, deve comparecer numa outra ocasião.

“Os relatos deles são de suma importância, já que foram eles que registraram os óbitos ao hospital”, explicou a delegada que na semana passada, ouviu testemunhas e parentes das vítimas Carmen Insfran Bernard, 48 anos, Norotilde Araújo Greco, 72 anos, Maria Glória Guimarães, 61 anos, mortas nos dias 10, 11 e 12 de julho, respectivamente.

Todas elas tinham câncer colorretal e faziam tratamento na Santa Casa. De acordo com Medina, os parentes disseram que os casos de todas não eram complexos, conforme corpo clínico, e que as chances de recuperação eram grandes por isso, quando elas pioraram e morreram após as sessões de quimioterapia, todos ficaram em choque.

Ainda há uma quarta vítima, Margarida Isabel de Oliveira, 70 anos, que apresentou reações adversas ao medicamento fluoracial (5-FU), administrado na quimioterapia, mas conseguiu se recuperar. Ela também será ouvida. Além da Polícia Civil, a ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) criou comissão para investigar os casos, juntamente com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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