Prefeita garante que novas ambulâncias estarão em circulação a partir de julho
Ambulâncias doadas pelo governo federal permanecem paradas por falta de documentação e seguro, diz Adriane

A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), garantiu na manhã desta terça-feira (10) que as ambulâncias doadas pelo governo federal ao município serão colocadas em circulação a partir do dia 8 de julho.
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Prefeita assegura que novas ambulâncias do Samu circularão em julho. Adriane Lopes (PP) afirma que as 13 viaturas doadas pelo governo federal, recebidas entre dezembro de 2024 e abril de 2025, iniciarão operação em 8 de julho, após trâmites burocráticos. A declaração responde à investigação do MPMS, motivada por denúncia do deputado Geraldo Resende (PSDB), sobre o uso de ambulâncias alugadas enquanto as novas permanecem paradas. A prefeita justifica a locação emergencial de dez ambulâncias em 2024 devido à escassez de veículos e garante que o contrato encerra em 8 de julho. Lopes argumenta que a locação, ao custo de R$ 15.800 mensais por unidade, incluindo seguro e manutenção, foi mais econômica que a manutenção da frota própria, estimada em R$ 35 mil por veículo. As novas ambulâncias estão em processo de regularização, incluindo seguro e vistoria, para atender às normas do Ministério da Saúde. A prefeita assegura que a transição não prejudicará o atendimento do Samu à população.
A declaração ocorre em meio a um procedimento aberto pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que cobra explicações da Prefeitura sobre o motivo de as viaturas destinadas ao Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ainda estarem paradas, enquanto o município segue operando com ambulâncias alugadas.
Foram 13 ambulâncias doadas ao município pelo Ministério da Saúde — seis em dezembro de 2024 e outras sete em abril de 2025. A última entrega ocorreu em 25 de abril, no pátio da SESAU (Secretaria Municipal de Saúde), durante evento que contou com a presença da prefeita e de deputados federais.
No entanto, conforme divulgado pelo MPMS, o Samu continua operando com dez viaturas alugadas. Na visão do órgão, essa situação não apenas representa "gastos excessivos" aos cofres públicos, como também pode "comprometer a conservação das ambulâncias doadas que se encontram fora de circulação".
Além disso, há o risco de o município ter de devolver os recursos financeiros e as próprias unidades móveis caso não cumpra as normas federais, como a Portaria de Consolidação nº 6, de 28 de setembro de 2017, que regulamenta as doações feitas pelo Ministério da Saúde.
O procedimento instaurado pelo MPMS é uma Notícia de Fato — etapa inicial da investigação que visa reunir informações preliminares. A partir das respostas da Prefeitura, a Promotoria poderá instaurar um Inquérito Civil ou adotar outras medidas legais. A apuração também se baseia em uma representação enviada pelo deputado federal Geraldo Resende (PSDB), que solicitou investigação sobre a situação do Samu em Campo Grande.

Questionada sobre o motivo de as novas ambulâncias ainda não estarem em operação, Adriane Lopes explicou que a Prefeitura optou, em 2024, por um contrato emergencial de locação diante de um cenário de déficit no serviço de urgência.
“Ano passado, nós tínhamos um déficit de ambulâncias, e isso acarretou vários problemas de socorro à população. Por isso, foi firmado um contrato emergencial de um ano para locar dez ambulâncias. Esse contrato vence no dia 8 de julho”, afirmou Adriane.
A prefeita também ressaltou que as viaturas doadas ainda passam por trâmites obrigatórios antes de entrarem em operação. “Para colocar essas ambulâncias para rodar, não basta só colocar a placa. É necessário seguro obrigatório, vistoria, documentação completa e cumprimento de protocolos exigidos pelo Ministério da Saúde. Não tem nada fora da ordem”, explicou.
Sobre o contrato de locação em vigor, Adriane defendeu que a medida foi mais vantajosa do ponto de vista financeiro. “A manutenção de uma ambulância própria custa, em média, R$ 35 mil por mês. Com a locação, pagamos R$ 15.800 por unidade, já com seguro, troca e substituição imediata, se necessário. É bem mais barato locar do que manter uma frota própria, especialmente numa situação emergencial como a que enfrentamos”, destacou.
Segundo a prefeita, a população não terá prejuízo com a transição entre o fim do contrato de locação e a entrada das viaturas doadas. “No dia 8 de julho, com o fim do contrato, as ambulâncias doadas estarão totalmente documentadas, asseguradas e prontas para atender a população. O serviço do Samu não pode ter a qualidade reduzida. Nós conseguimos recuperar o padrão do atendimento e não vamos permitir que ele volte a ser como era antes, com falhas no socorro”, completou.
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