ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SÁBADO  23    CAMPO GRANDE 33º

Capital

Prefeitura nega pedido para realizar exame em quem recebeu vacina com atraso

Complexidade da resposta imune em cada organismo foi uma das justificativas para a negativa

Lucia Morel | 25/05/2021 14:59
Vacina sendo aplicada em mulher em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Vacina sendo aplicada em mulher em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

Com base em notas técnicas e argumentos de entidades que são autoridade em relação ao acompanhamento da covid-19 e sua imunização, a Prefeitura de Campo Grande negou pedido do TCE (Tribunal de Contas do Estado) para que testes de eficácia imunológica fossem feitos em quem recebeu a Coronavac com atraso.

Resposta enviada ao tribunal sustenta que Ministério da Saúde, que é o órgão que coordena a vacinação no Brasil, assim como a Sbim (Sociedade Brasileira de Imunizações) e a AMB (Associação Médica Brasileira) não recomendam tal testagem por ser muito “complexa” e indica que o PNI (Plano Nacional de Imunização), até o momento, não orientou estados e municípios a realizarem a sorologia.

Usando argumento da AMB, a prefeitura informou ao TCE que “tendo em vista que a imunidade celular é difícil de se mensurar e avaliar fora do âmbito de laboratórios de pesquisa (...) nem todos os anticorpos são detectados por métodos comercialmente disponíveis”.

Trecho ressalta ainda que “o processo de produção de anticorpos e a subsequente neutralização do antígeno varia entre indivíduos”.

Outro aspecto levado em conta e que justificou a negativa da gestão municipal ao tribunal foi nota da Sbim de 23 de março deste ano que sustenta que “a complexidade da imunidade pós-vacinal, ou mesmo após doença natural, não corrobora a realização de testes, pois os resultados não traduzem a situação individual de proteção”.

A prefeitura reiterou também que diante dessa complexidade imune, não há testes definitivos que concluam se há ou não imunidade adequada à determinada doença, mas informa que o pedido do TCE foi encaminhado tanto à SES (Secretaria de Estado de Saúde) quanto ao ministério para que seja emitida alguma orientação geral sobre como proceder nessas situações.

O município ainda sustentou que todas as vacinas já aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) se mostraram eficazes na prevenção à covid-19 e às suas formas graves e são a saída para que a sociedade volte à normalidade.

Nos siga no Google Notícias