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Capital

Presos de facção fazem greve de fome há uma semana no Presídio Federal

Por mensagem, presos afirmam que na verdade estão há duas semanas sem comer, em protesto pela falta de atendimento jurídico, de saúde e problema com a alimentação

Guilherme Henri | 18/04/2018 18:05
Filho de preso segurando cartaz em protesto que ocorreu na semana passada (Foto: Marina Pacheco)
Filho de preso segurando cartaz em protesto que ocorreu na semana passada (Foto: Marina Pacheco)

Cinco presos do PCC (Primeiro Comando da Capital) estão há uma semana em greve de fome no Presídio Federal de Campo Grande, confirmou a assessoria de comunicação da unidade. Pelo Whatsapp, circula mensagem onde os detentos afirmam que na verdade estão há duas semanas sem comer, em protesto pela falta de atendimento jurídico, de saúde e problema com a alimentação. A direção da unidade penal nega as acusações. 

 “Falta de atenção jurídica, médica, retorno aos estados de origem após cumprir o tempo determinado por lei se prolonga por anos. Comida azeda, falta de respeito com familiares, descaso com crianças deixando-as sem alimentação durante o período de visita. Convocamos todos os irmãos e companheiros de todos os estados para estarem em alerta, pois não iremos admitir que nossos irmãos e companheiros sejam agredidos e tratados da forma que estão sendo. Pedimos atenção do juiz federal para que vá até as unidade e escute os reeducando que lá se encontram vivendo sobre total opressões e maus tratos. Deixamos as autoridades dos estados cientes que se caso os internos venham a perder a vida sem ao menos terem sido escutados com base nos direitos dados pela própria constituição federal, iremos fazer dos estados um caos sem trégua”, diz a mensagem assinada pelo PCC.

Na semana passada mulheres e filhos de detentos, também protestaram em frente a Justiça Federal pelos mesmo motivos, além da proibição de visitas íntimas.

Presídio - Por meio da assessoria de comunicação, a direção da unidade penal diz que as denuncias dos presos não procedem. Além disso, afirma que dos 130 presos da unidade apenas cinco – pertencentes a facção criminosa – estão em greve de fome. Contudo, o protesto é acompanhado de perto onde os presos recebem atendimento de saúde caso necessário.

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