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Capital

Secretário fala em "colapso urbano", com 2,5 mil andarilhos no Centro da Capital

Encontro com secretário de Infraestrutura, denominado "SOS Centro", reuniu comerciantes, policia e OAB

Por Gustavo Bonotto e Ketlen Gomes | 17/06/2025 21:48
Secretário fala em "colapso urbano", com 2,5 mil andarilhos no Centro da Capital
Encontro para debater o comércio da região central aconteceu no auditório do Sesc Sabor, na noite desta terça-feira (17). (Foto: Ketlen Gomes)

Moradores e comerciantes do Centro compareceram, na noite desta segunda-feira (17), a reunião organizada pela ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) discutir os problemas crônicos da região. As principais queixas foram a falta de segurança, furtos, uso de drogas em praças e prédios abandonados, além da cobrança por ações para retirar pessoas em situação de rua do entorno comercial.

A PM fala em 2.500 andarilhos no Centro, apesar de estudo de março deste ano, apresentado pelo Ministério do Desenvolvimento Social, com base no CadÚnico) e do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas. apontar oficialmente 1 097 pessoas em situação de rua em toda a cidade

O encontro com cerca de 200 participantes, aconteceu no Sesc Sabor e Arte e contou com representantes da Polícia Militar, Polícia Civil e secretarias da prefeitura.

“Estamos cansados. Todo dia é furto, é loja arrombada, gente usando droga na porta dos comércios. A situação ficou insustentável”, reclamou a administradora Gleice Mirari, que cuida de três condomínios na região central.

Secretário fala em "colapso urbano", com 2,5 mil andarilhos no Centro da Capital
Coronel Almeida falou sobre policiamento na região central, durante encontro denominado "SOS Centro". (Foto: Ketlen Gomes)

O secretário de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, disse que o problema é nacional e alertou para um possível colapso urbano. “Se não tivermos uma mobilização conjunta, podemos perder o controle das nossas cidades”, afirmou. “Não adianta só cobrar. O poder público não dá conta sozinho. Precisamos de uma solução que envolva toda a sociedade, empresários e governo.”

O comandante da CPM (Coordenadoria de Policiamento Metropolitano), coronel Emerson Almeida, revelou que a Polícia Militar tem 2.500 moradores em situação de rua cadastrados apenas no quadrilátero central. “Nós não podemos simplesmente tirar essas pessoas das praças, porque elas têm direito de ir e vir”, explicou. “O problema é que muitos desses prédios abandonados se tornam ponto de tráfico e consumo de drogas, e isso afeta diretamente o comércio.”

A reunião não chegou a conclusões, mas serviu novamente para alertar que não há nada em andamento que tente reverter a situação na base do problema. Assim, a única promessa paliativa foi aumentar o policiamento.

Apesar de não ser atribuição da Polícia Civil, o delegado Danilo Mansur, titular da 1ª Delegacia de Polícia Civil, prometeu reforçar o policiamento na região. “A partir de amanhã vamos ter mais presença da Polícia Civil no Centro. Isso é um compromisso”, garantiu, sem detalhar como.

Durante o encontro, também foi sugerida a criação de uma comissão permanente para acompanhar os problemas do Centro.

A única cobrança fora da pauta da segurança veio de uma comerciante que reclamou da falta de estacionamento rotativo. “A prefeita deveria estar aqui para dar um prazo. Sem estacionamento rotativo, o Centro morre”, criticou.

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