Juliana comprou Fusca preto de 1969 após 4 dias de amor à primeira vista

Com toda classe que só um vintage de 1969 consegue ter, ‘Pérola Negra’ é um ‘fuscão preto’ que rouba olhares toda vez que sai da garagem e cruza pelas ruas de Campo Grande. O carro é o xodó da servidora pública Juliana Crisóstomo de Arruda Rodrigues, de 40 anos.

Apesar da conexão profunda com o carro, Juliana conta que essa paixão não nasceu com ela. “Nunca tive essa ligação. Só que há dois anos eu conheci o pai da minha filha e ele é fusqueiro. Aí eu comecei a ir com ele nos encontros, conheci mais sobre o meio do automobilismo antigo e fui me interessando, tanto pelos carros quanto pelas pessoas, pelos grupos e pelos encontros”, explica.

A paixão cresceu tanto que veio o desejo de ter um Fusca só dela. Mas com uma condição. “Eu só iria comprar um Fusca se fosse preto”, relata. Além do gosto pessoal, ela afirma que existia um charme histórico por trás da escolha.

“O Fusca preto é muito raro. Geralmente eram carros das Forças Armadas ou da polícia. E quando se desfaziam deles, pediam que os novos donos pintassem de outra cor, para descaracterizar. Então, preto original é bem difícil de encontrar”, revela.

Quando viu o Pérola Negra pela primeira vez, Juliana não teve dúvidas. “Me apaixonei. Quatro dias depois, ele já era meu. Foi uma paixão avassaladora”, lembra.

O batismo do Fusca veio de forma natural e em homenagem ao filme Piratas do Caribe. “O navio do Jack Sparrow é o Pérola Negra. Então, quando sugeriram esse nome, eu acatei na hora. Ele ia se chamar Diamante Negro, mas achei Pérola Negra mais a cara dele, redondinho, como uma pérola mesmo”, pontua.

A relação entre os dois vai além das estradas. Juliana criou um Instagram exclusivo para o carro, como é tradição entre fusqueiros. “No grupo que eu conheci, todos os Fuscas têm seu Instagram e seu apelido. Hoje em dia eu passo mais tempo mexendo no Insta do meu Fusca do que no meu pessoal”, brinca.

No perfil @fuscadajuliana, ela faz um diário visual da rotina do Pérola Negra e suas aventuras pelas ruas e encontros de carros antigos.

Juliana confessa que o fusca já deu alguma de cabeça, mas ela não desiste do seu pérola. “Como todo bom Fusca, ele começou a dar uns probleminhas e até já me deixou na mão, mas a gente aprende a fazer umas gambiarras e resolve. Ele tem me ensinado muito sobre paciência e sobre não desistir dos sonhos quando as coisas saem do controle”, diz.

Quando sai da garagem, por onde passa Pérola Negra chama atenção.  “Por causa da música Fuscão Preto, toda vez alguém canta a música, me param pra perguntar que ano que ele é, se a pintura é original. É um assédio que me deixa orgulhosa e feliz por ter comprado um Fusca tão legal”, confessa.

Hoje, o carro raro é uma nova paixão, um novo hobby e uma fase feliz da vida de Juliana. “Eu queria um Fusca preto, e consegui exatamente como eu sonhava”, finaliza.

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