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Capital

Sequestrador atirou em policial após “noitada com drogas”, conta amigo preso

Rafael Souza da Silva, 18 anos, que dava guarida para João Victor, acabou preso por tráfico de drogas

Viviane Oliveira | 21/09/2021 10:28
Movimentação de policiais do Garras no local onde houve confronto. (Foto: Marcos Maluf) 
Movimentação de policiais do Garras no local onde houve confronto. (Foto: Marcos Maluf)

Ao dar guarida para João Victor Rodrigues da Silva, 20 anos, sequestrador que foi morto em confronto com policiais na manhã de ontem (21), Rafael Souza da Silva, 18 anos, acabou preso por tráfico de drogas e posse irregular de arma de fogo. Na casa da avó, onde escondia o amigo, na Rua Daniela Peres, no Residencial Betaville, foram localizados 2 quilos de maconha.

Segundo o depoimento de Rafael, ele cresceu com João Victor, no Bairro Campo Alto, tem mais de 45 passagens por atos infracionais e chegou a ser apreendido por diversas vezes com o rapaz, por furto e tráfico de drogas. Mas, atualmente, relatou, estava trabalhando e não havia mais se envolvido em "coisa errada", porém, ainda mantinha contato com João Victor.

Contou que no domingo que recebeu ligação do amigo dizendo que queria encontrá-lo para os dois curtirem, porque João Vitor havia participado de um sequestro “de bacana”, e estava com dinheiro. Na noite do mesmo dia, o sequestrador foi para a casa de Rafael, mas a mãe do rapaz  de 18 anos não queria o amigo ali, pois já sabia o que havia acontecido e toda a polícia estava atrás do mais velho.

João Vitor em uma das abordagens policial (Foto: Direto das Ruas)
João Vitor em uma das abordagens policial (Foto: Direto das Ruas)

Noitada - Os dois, então, foram para a Vila Nhanhá, onde passaram a madrugada bebendo e usando drogas. “João Victor estava pagando bebida e droga para todo mundo”, disse Rafael, em depoimento à polícia. Depois da noitada, os dois retornaram para a casa de Rafael.

Novamente, a mãe dele disse que não os queriam ali e os dois seguiram para a residência da avó de Rafael, na Rua Daniela Peres, onde foi o confronto. João Victor, segundo o amigo, ostentava no dedo anel de ouro roubado da vítima. Aproveitando que na residência não havia ninguém, Rafael continuou usando drogas e João Victor foi dormir até ser surpreendido pela equipe policial entrando na casa.

Confronto - Ainda segundo depoimento, Rafael teve calma para acatar as ordens dos policiais. Porém, João Victor ainda sob efeito de entorpecente, disparou contra os PMs, que revidaram. O rapaz foi baleado e levado pela própria equipe policial para a Santa Casa, onde morreu.

Rafael nega envolvimento no sequestro, sobre a droga encontrada na casa, afirmou que não se recorda se o entorpecente era dele ou do amigo. Quanto aos pertences da vítima do sequestro, ele afirmou não saber onde João Victor havia escondido. Revólver calibre 38, que João portava foi apreendido.

O rapaz passará por audiência de custódia na Justiça na manhã desta terça-feira (21), para definir se ficará preso esperando o andamento do inquérito ou se poderá responder em liberdade.

Sequestro - No sábado à noite, mulher de 50 anos, foi vítima de sequestro, ficou sob o poder dos criminosos por cerca de 2 horas em cativeiro e só foi solta, após o pagamento de resgate no valor de R$ 18 mil. O primeiro a ser preso pelo crime, Claudinei dos Santos de Oliveira, 29 anos, assumiu participação no fato, contou detalhes e entregou o comparsa, João Victor, que ao ser surpreendido pela polícia, reagiu e foi morto em confronto.

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