''Seria um dos maiores roubos do País'', diz delegado sobre ação em banco
Túnel cavado pelo grupo já tinha 63 metros e estava próximo do subsolo abaixo do cofre
Quadrilha que planejava roubar o cofre da Central Administrativa do Banco do Brasil, no bairro Coronel Antonino, em Campo Grande, estava prestes a realizar um dos maiores roubos do país. Durante ação policial, sete bandidos foram presos e dois morreram. O caso ocorreu na madrugada de ontem (22). Por questões estratégicas, os responsáveis pela investigação não divulgam como descobriram o plano, como forma de não comprometer futuras investigações. Dizem apenas que a suspeita surgiu durante investigação de outro crime.
De acordo com o delegado João Paulo Sartori, do Garras (Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), a quadrilha era muito organizada e praticava o crime em caráter ''profissional'', usando tecnologia de engenharia para o túnel não desabar.
Além de não usarem máquinas pesadas para evitar barulho durante as escavações, os bandidos também passavam cal nas paredes, grades de janelas e nas ferramentas, evitando deixar marcas de digitais. ''Eram muito competentes no que faziam", disse.
Devido as intensas movimentações dos membros da quadrilha, a suspeita da polícia é de que o ''trabalho'' e o roubo fossem concluídos nos próximos dias. ''Eles estavam quase executando o crime. Poderia ser um dos maiores roubo a banco da história do Brasil", comentou Sartori. O túnel cavado pelo grupo já tinha 63 metros e já estava próximo do subsolo abaixo do cofre.
A agência alvo dos bandidos é a central que atende Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, responsável pela operacionalização de todas as transações bancárias dos dois Estados. É a maior central do centro-oeste.
Presos - Durante a ação foram presos Robson do Nascimento, Lourinaldo Belisário de Santana, Eliane Goulart, Wellington Luiz dos Santos Junior, Francisco Marcelo Ribeiro, Gilson Aires da Costa,
Bruno Oliveira de Souza. José Willians Nunes Pereira da Silva e Renato Nascimento Santana, apontados como os ''mentores'' do crime, morreram em confronto com a polícia.