“Seu marido tá morto aqui”, disse testemunha para esposa de executado em carro

“Seu marido tá morto aqui”, foi a frase dita pela mulher de 41 anos que atendeu a ligação no celular de Jairo Gonçalves da Silva, 51 anos. O auxiliar de serviços gerais foi executado com tiro no rosto dentro de um veículo Gol estacionado na Rua São Miguel, no Jardim Paulista, em Campo Grande, na noite de segunda-feira (29).

Ao Campo Grande News, a testemunha que prefere não se identificar contou que mora no local e, por volta das 20h, ouviu seis tiros seguidos do barulho de motocicleta. “Quando saímos para fora ele já estava morto dentro do carro. Jorrava sangue da boca dele. Ele morava aqui perto, era conhecido, sempre passava por aqui”, detalhou.

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A irmã da mulher então foi até o quartel do Corpo de Bombeiros que fica na região e ela atendeu a ligação no celular da vítima. “A esposa dele estava ligando, era normal ela ligar quando ele estava aqui na região, ai eu falei que ele estava morto e ela veio correndo. Eu estava tão nervosa que nem prestei atenção no que ela disse. Os bombeiros não deixaram ela vir até aqui ver ele”, pontuou a testemunha.

Segundo a mulher, o carro estava com várias marcas de tiros e testemunhas que estavam na rua no momento do crime afirmaram que viram duas pessoas em uma motocicleta chegando pela calçada e atirando contra o motorista. “Eles vieram da Avenida Salgado Filho sentido Fábio Zahran”.

No momento do crime, o Gol estava ligado e estacionado na contramão. Uma comerciante da região disse que era comum ver o mesmo veículo passando pelo local durante o dia ou  à noite.  "Ele não vinha só a noite, tinha vezes que até durante o dia o pessoal via o carro por aqui, passando ou estacionamento, era frequente”, afirmou a comerciante.

O carro não pertencia a Jairo. Segundo a esposa, o auxiliar de serviços gerais pegou o veículo emprestado para ir ao mercado. No boletim de ocorrência, descreve que o Gol foi entregue ao proprietário. O caso é investigado.

Caso -  De acordo com o boletim de ocorrência, Jairo estava em um VW Gol prata, estacionado na contramão da via, quando foi executado com um tiro no rosto – o disparo atingiu o nariz da vítima e o projétil saiu pela nuca. O autor fugiu em seguida. O homem morreu antes do socorro chegar.

A esposa da vítima foi até o local e relatou que Jairo havia pego o carro emprestado para ir ao mercado. Como ele demorou para voltar, ela decidiu ligar e então a chamada foi atendida pela mulher que mora na rua onde o crime aconteceu.

Equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada e apenas constatou o óbito. A PM (Polícia Militar) isolou a área até a chegada da Polícia Civil e da Perícia. No local, foram encontrados alguns cigarros na calçada e algumas moedas. Um projétil também estava um pouco distante do veículo e não foi possível identificar se era da arma usada no crime ou algum caso antigo.

Conforme a esposa, Jairo trabalhava com reciclagem e ela afirmou  não saber de qualquer situação que pudesse motivar o crime. O caso foi registrado como homicídio simples e será investigado pela Polícia Civil, que busca imagens de câmeras de segurança da região para tentar identificar os autores.

O veículo foi liberado e devolvido ao proprietário após os procedimentos legais.