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“Terrão”, trem e hípica: o passado do Jockey que brilha no olhar de Maria Helena

Caminhando pelas ruas do bairro, ela leva consigo 60 anos de histórias

Por Aline dos Santos | 20/10/2025 11:47
“Terrão”, trem e hípica: o passado do Jockey que brilha no olhar de Maria Helena
Maria Helena vive no bairro desde o nascimento, há seis décadas. (Foto: Henrique Kawaminami)

Protegida por uma sombrinha para enfrentar o inclemente sol do fim da manhã da última sexta-feira, Maria Helena Dias caminha pelas ruas do bairro Jockey Club levando consigo 60 anos de histórias.

RESUMO

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Maria Helena Dias, moradora do bairro Jockey Club há 60 anos, guarda memórias vivas de uma época em que o local era palco de importantes eventos esportivos. Entre suas recordações mais marcantes estão os jogos de futebol no "terrão", as viagens de trem para localidades vizinhas e as competições na antiga hípica.O Centro de Lazer Mário José Mendonça mantém viva a tradição esportiva do bairro, oferecendo estrutura para diversas atividades. O antigo Hipódromo Aguiar Pereira, que iniciou suas atividades próximo ao Jockey Club, funcionou até 1981, quando foi transferido para a saída de São Paulo.

Debaixo de uma das poucas sombras, numa região onde remanescem vários tocos do que já foram grandes árvores, ela conta sobre o seu passado, que se confunde com a história do bairro.

Maria Helena vive ali desde o nascimento, há seis décadas, tempo para ter lembranças do futebol no terrão, do trem e da hípica. As memórias da família, como a dos irmãos que eram jóqueis, fazem seus olhos brilharem, amplificando a luz da manhã de primavera.

“Terrão”, trem e hípica: o passado do Jockey que brilha no olhar de Maria Helena
Placa da gestão do prefeito Juvêncio mostra que praça é de 1995. (Foto: Henrique Kawaminami)

“Eu nasci e vivi aqui”, conta Maria Helena. Neste viver para contar, surge a diversão dos domingos. Onde hoje fica a praça, lugar que gosta de frequentar, já existia um campo de futebol. Além dos tradicionais produtos que se vendia em eventos, como bebidas e algodão doce, o pessoal levava comida de casa ou fazia o churrasquinho perto do campo. “A gente vinha passar o domingo”.

O trem também ajudava a movimentar a região. Em companhia da família, ela ia passear nas localidades vizinhas, como Terenos e o Cachoeirão. “O trem era maravilhoso”. A viagem pelo passado também tem uma parada na hípica, onde aconteciam os grandes prêmios.

“Terrão”, trem e hípica: o passado do Jockey que brilha no olhar de Maria Helena
O Centro de Lazer Mário José Mendonça é opção de lazer no Jockey Club. (Foto: Henrique Kawaminami)

Praça esportiva do bairro, o Centro de Lazer Mário José Mendonça conta com campo de futebol, quadra poliesportiva, quadra de areia e pista de caminhada. O local tem iluminação, sendo bastante frequentado no período noturno.

O gestor Pablo Moreira conta que o funcionamento vai das 6h às 22h. Sobre a falta de barras nas estruturas para exercícios e bancos faltando pedaços, ele afirma que foi feito levantamento para correção dos problemas. “A praça está organizada, limpa e já foi bastante melhorada”, diz.

“Terrão”, trem e hípica: o passado do Jockey que brilha no olhar de Maria Helena
Pablo Moreira é gestor da praça no bairro Jockey Club. (Foto: Henrique Kawaminami)

O espaço público tem placas da gestão de Juvêncio César da Fonseca, no ano de 1995, e de André Puccinelli, instalada em 2004.

O Hipódromo Aguiar Pereira teve início ainda no Parque de Exposições, perto do Jockey Club, com a doação de 10 hectares para a Sociedade Hípica Campo-Grandense. Por lá ficou, até 1981, quando se mudou para a sede própria e definitiva, na saída de São Paulo.

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