Grávida de 7 meses, Blenda busca vacina após perda vivida por amiga
Fim de semana tem postos de vacinação abertos, mas procura ainda é baixa em Campo Grande
No começo do ano, uma amiga de Blenda Odakura, 20 anos, perdeu o bebê por conta da bronquiolite, infecção respiratória comum em crianças menores de 2 anos. O trauma ficou na lembrança e foi um dos motivos que a fizeram buscar a dose de vacina contra o VSR (vírus sincicial respiratório) hoje, na campanha que distribui o imunizante de forma gratuita.
RESUMO
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A baixa procura pela vacina contra o VSR (vírus sincicial respiratório) preocupa profissionais de saúde em Campo Grande. Na USF 26 de Agosto, a gestante Blenda Odakura, de 20 anos, foi a primeira a ser atendida, motivada pela perda do bebê de uma amiga devido à bronquiolite. O Ministério da Saúde recomenda a vacinação gratuita para gestantes a partir da 28ª semana, visando a proteção dos recém-nascidos. Em 2023, o Brasil registrou 43,2 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave relacionados ao VSR, sendo 35,5 mil em crianças menores de dois anos.
O VSR é a principal causa de bronquiolite e pneumonia em bebês. “Eu fiquei muito preocupada, ainda mais porque é uma doença que pode ser prevenida”, disse Blenda.
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Blenda está na 32ª semana de gestação (7º mês) e foi acompanhada de uma das irmãs. A acadêmica soube da vacinação gratuita por meio de outra irmã, que também está grávida e teve que pagar cerca de R$ 2 mil pela dose, quando ainda não tinha sido ofertada de forma gratuita pela rede pública.
Hoje, por volta das 10h, Blenda foi a primeira a ser atendida na USF (Unidade de Saúde da Família) 26 de Agosto, no bairro São Francisco, indicando a baixa procura neste fim de semana. Na USF Tiradentes, conforme relato enviado à reportagem, a movimentação também foi baixa.
A enfermeira Mariany Zanoni não esperava que a procura fosse baixa, com base no que viu nas redes sociais e por conta da gratuidade da vacina. “Achei preocupante”. Na quinta-feira, por exemplo, quando começou a imunização, foram dadas 93 doses, sendo necessário reforço do estoque para o fim de semana.
Mariany alerta que é preciso buscar a vacinação, pois os primeiros anos de vida do bebê podem ser acometidos por internação por conta da bronquiolite e, em muitos casos, pode ser grave. "Muitas vezes inicia com quadro de resfriado comum, com coriza e tosse e evolui para uma infecção respiratória mais grave. No surgimento desses sintomas, é importante que os pais procurem atendimento médico o quanto antes".
Até 22 de novembro deste ano, o Brasil registrou 43,2 mil casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) relacionados ao VSR. A maior parte das internações ocorreu em crianças com menos de dois anos, cerca de 35,5 mil registros.
Por que vacinar? - O ministério considera a proteção das gestantes estratégica. A vacinação durante a gravidez permite que os anticorpos produzidos pela mãe sejam transferidos ao bebê pela placenta, garantindo proteção imediata após o nascimento. Esse período é o de maior vulnerabilidade e antecede a idade em que outras vacinas podem ser aplicadas diretamente no recém-nascido.
A estratégia também reduz a circulação do vírus, diminui a pressão sobre emergências pediátricas e evita quadros graves durante o pico sazonal. A recomendação é aplicar a dose a partir da 28ª semana de gestação para maximizar a transferência de anticorpos e manter proteção até o nascimento.
Plantão - A Capital recebeu 2.966 doses para atender cerca de 1,6 mil gestantes que estão aptas a receber a vacina. O Ministério da Saúde enviou 10.755 doses para Mato Grosso do Sul.
O plantão ocorrerá das 7h30 às 16h45, nas seguintes unidades:
USF Coronel Antonino
USF Tiradentes
USF Aero Rancho
Das 7h30 às 11h30:
USF São Francisco
USF 26 de Agosto
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Matéria alterada no dia 7/12 para correção de informações.




