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Cidades

Entrega de correspondências pelos Correios pode ser suspensa em MS

Zana Zaidan | 16/09/2013 19:45

Os trabalhadores dos Correios em Mato Grosso do Sul pretendem cruzar os braços e, com isso, paralisar por tempo indeterminado a entrega de correspondências, que vão desde boletos bancários a encomendas.

A greve será definida amanhã (17), durante assembleia geral, às 19 horas, mas, segundo o segundo o secretário-geral do sindicato que representa a categoria, Alexandre Takachi, a tendência é que o Sintect-MS (Sindicato dos Trabalhadores na Empresa dos Correios, Telégrafos e Similares), siga o movimento nacional que já começou em diversos estados.

“A orientação da Federação é para entrar em greve. Vamos abrir votação, como manda o procedimento padrão, mas a insatisfação dos trabalhadores é grande e a maioria já sinalizou ser a favor de parar. A expectativa é de que a greve seja aprovada”, afirma Takachi.

Segundo o secretário-geral, o serviço dos Correios não é considerado essencial e, por isso, não existe determinação para que um percentual de trabalhadores exerça as atividades durante a greve. Hoje, 1,5 mil trabalhadores atuam no setor – 700 dele somente em Campo Grande, conforme o Sintect-MS. “O procedimento é para que todos os prazos de postagem sejam suspensos. Quem for postar um Sedex ou carta registrada, por exemplo, vai ser informado de que aquela correspondência não tem data chegar”, explica o secretário.

O expediente em agências franqueadas dos Correios continua normal, já que as mesmas são desvinculadas da categoria, ou seja, o serviço de postagem não é paralisado, mas não há garantias da data de despacho.

Insatisfação - A ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) ofereceu reajuste de apenas 8% aplicado sobre os salários e 6,27% sobre benefícios. A categoria pede 8% de reajuste linear, inclusive sobre os benefícios, mais 15% de reposição das perdas.

Em contraproposta, a ECT propôs a manutenção da assistência médica/hospitalar e odontológica nos termos do Acórdão Vigente. Com isso, não deu nenhuma garantia de que irá acabar com o Postal Saúde e melhorar o nosso plano Correios Saúde, conforme reivindicam os trabalhadores.

De acordo com Takachi, a empresa sequer considerou os demais pontos da pauta de reivindicações da categoria, como condições de trabalho, jornada de 6 horas para os atendentes, entrega de correspondências pela manhã, dentre outras.

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