Estoque de querosene no Aeroporto da Capital só dura até as 22h
Segundo empresas, dependendo do movimento, produto pode esgotar antes
O estoque de querosene do Aeroporto Internacional de Campo Grande só deve durar até as 22h dessa sexta-feira (25), mas pode acabar antes dependendo do movimento, segundo estimativas da Shell e Petrobras.
As empresas afirmam que desde ontem, as aeronaves estão sendo abastecidas com mais combustível que o normal para evitar problemas com a falta do insumo em outras cidades brasileiras. Isso reduziu os níveis do produto na Capital, que em situações normais daria para atender as companhias aéreas até sábado.
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Leva em média dois dias para um caminhão deixar a refinaria e chegar em Mato Grosso do Sul, dizem as distribuidoras. Grandes terminais, como Guarulhos e Galeão, não têm esse problema porque dutos levam o querosene diretamente até eles.
O problema é que a greve dos caminhoneiros contra os aumentos no diesel está bloqueando o tráfego em várias rodovias no Brasil para veículos de carga. Dessa forma, os carregamentos não conseguem chegar até o município.
Nos aeroportos do interior do estado, como Dourados, Ponta Porã, Corumbá e Três Lagoas, o estoque de combustível deve durar até sete dias.
O Aeroporto Santa Maria, que opera voos com aeronaves de menor porte em Campo Grande, informou que tem estoque de querosene para uma semana. Já o Pedro Teruel afirmou que os reservatórios do produto estão comprometidos, pois o fornecimento está bloqueado pela greve.
Em Brasília, segundo a concessionária do terminal, não há mais combustível e voos começaram a ser cancelados. Em Congonhas, houve reabastecimento na quinta, garantindo querosene para manter os voos até esta sexta-feira.
Não houve alterações nos pousos e decolagens em Campo Grande em razão dos problemas em outras cidades, segundo informações da Infraero. Há três voos do Distrito Federal programados para pousar na Capital hoje: um da Latam às 19h45, outro da Avianca às 20h05 e um da Gol às 23h25.
Somente uma aeronave decola hoje de Campo Grande para Brasília, com partida programada às 20h30, pela Latam.
A greve dos caminhoneiros contra o aumento no preço dos combustíveis continua em Mato Grosso do Sul e além das 37 interdições nas rodovias federais, os manifestantes bloqueiam também as estradas estaduais. Mesmo após acordo com o governo federal, anunciado na noite de ontem, 21 trechos estão interditados nesta sexta-feira (25) segundo balanço da Polícia Militar Rodoviária.
Na BR-163, uma das mais movimentadas do Estado, há interdição em Mundo Novo (km 20), Eldorado (km 39), Naviraí (km 117), Caarapó (km 206), Dourados (km 256, 266 e 281), Douradina (km 288), Rio Brilhante (km 323), Campo Grande (km 462, km 477 e km 492), Bandeirantes (km 550), São Gabriel do Oeste (km 614 e 618), Rio Verde de Mato Grosso (km 678), Coxim (km 730) e Sonora (km 812 e km 837), onde o tráfego de veículos de passeio está livre.
Após sete horas de reunião nesta quinta-feira (24), representantes do governo e entidades de caminhoneiros, anunciaram a suspensão, por 15 dias, das interdições nas rodovias do país.
Em troca, a Petrobras decidiu manter a redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por 30 dias enquanto o governo costura formas de reduzir os preços. Além disso, se comprometeu a custear esse desconto, estimado em R$ 350 milhões, nos primeiros 15 dias. Os próximos 15 dias serão patrocinados pela União.
Em Mato Grosso do Sul, no entanto, os caminhoneiros afirmaram que a greve continua por tempo indeterminado, já que os representantes que fecharam o acordo com o governo não são os mesmo que participam do movimento.