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Cidades

Estoque de querosene no Aeroporto da Capital só dura até as 22h

Segundo empresas, dependendo do movimento, produto pode esgotar antes

Ricardo Campos Jr. e Kleber Clajus | 25/05/2018 10:21
Painel de voos no Aeroporto de Campo Grande (Foto: Saul Schramm)
Painel de voos no Aeroporto de Campo Grande (Foto: Saul Schramm)
Veículo usado para reabastecer aeronaves no Aeroporto de Campo Grande (Foto: Saul Schramm)
Veículo usado para reabastecer aeronaves no Aeroporto de Campo Grande (Foto: Saul Schramm)

O estoque de querosene do Aeroporto Internacional de Campo Grande só deve durar até as 22h dessa sexta-feira (25), mas pode acabar antes dependendo do movimento, segundo estimativas da Shell e Petrobras.

As empresas afirmam que desde ontem, as aeronaves estão sendo abastecidas com mais combustível que o normal para evitar problemas com a falta do insumo em outras cidades brasileiras. Isso reduziu os níveis do produto na Capital, que em situações normais daria para atender as companhias aéreas até sábado.

Leva em média dois dias para um caminhão deixar a refinaria e chegar em Mato Grosso do Sul, dizem as distribuidoras. Grandes terminais, como Guarulhos e Galeão, não têm esse problema porque dutos levam o querosene diretamente até eles.

O problema é que a greve dos caminhoneiros contra os aumentos no diesel está bloqueando o tráfego em várias rodovias no Brasil para veículos de carga. Dessa forma, os carregamentos não conseguem chegar até o município.

Nos aeroportos do interior do estado, como Dourados, Ponta Porã, Corumbá e Três Lagoas, o estoque de combustível deve durar até sete dias.

O Aeroporto Santa Maria, que opera voos com aeronaves de menor porte em Campo Grande, informou que tem estoque de querosene para uma semana. Já o Pedro Teruel afirmou que os reservatórios do produto estão comprometidos, pois o fornecimento está bloqueado pela greve.

Em Brasília, segundo a concessionária do terminal, não há mais combustível e voos começaram a ser cancelados. Em Congonhas, houve reabastecimento na quinta, garantindo querosene para manter os voos até esta sexta-feira.

Movimento no saguão do aeroporto nessa quinta-feira (Foto: Saul Schramm)
Movimento no saguão do aeroporto nessa quinta-feira (Foto: Saul Schramm)

Não houve alterações nos pousos e decolagens em Campo Grande em razão dos problemas em outras cidades, segundo informações da Infraero. Há três voos do Distrito Federal programados para pousar na Capital hoje: um da Latam às 19h45, outro da Avianca às 20h05 e um da Gol às 23h25.

Somente uma aeronave decola hoje de Campo Grande para Brasília, com partida programada às 20h30, pela Latam.

Protesto de caminhoneiros no Posto Caravaggio (Foto: Saul Schramm)
Protesto de caminhoneiros no Posto Caravaggio (Foto: Saul Schramm)

A greve dos caminhoneiros contra o aumento no preço dos combustíveis continua em Mato Grosso do Sul e além das 37 interdições nas rodovias federais, os manifestantes bloqueiam também as estradas estaduais. Mesmo após acordo com o governo federal, anunciado na noite de ontem, 21 trechos estão interditados nesta sexta-feira (25) segundo balanço da Polícia Militar Rodoviária.

Na BR-163, uma das mais movimentadas do Estado, há interdição em Mundo Novo (km 20), Eldorado (km 39), Naviraí (km 117), Caarapó (km 206), Dourados (km 256, 266 e 281), Douradina (km 288), Rio Brilhante (km 323), Campo Grande (km 462, km 477 e km 492), Bandeirantes (km 550), São Gabriel do Oeste (km 614 e 618), Rio Verde de Mato Grosso (km 678), Coxim (km 730) e Sonora (km 812 e km 837), onde o tráfego de veículos de passeio está livre.

Após sete horas de reunião nesta quinta-feira (24), representantes do governo e entidades de caminhoneiros, anunciaram a suspensão, por 15 dias, das interdições nas rodovias do país.

Em troca, a Petrobras decidiu manter a redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por 30 dias enquanto o governo costura formas de reduzir os preços. Além disso, se comprometeu a custear esse desconto, estimado em R$ 350 milhões, nos primeiros 15 dias. Os próximos 15 dias serão patrocinados pela União.

Em Mato Grosso do Sul, no entanto, os caminhoneiros afirmaram que a greve continua por tempo indeterminado, já que os representantes que fecharam o acordo com o governo não são os mesmo que participam do movimento.

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