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Cidades

Estudante denunciou em janeiro ameaça de morte de Zeolla

Redação | 06/03/2009 13:16

Preso na madrugada do dia 6 de janeiro por porte ilegal de arma, um estudante de 18 anos, contou à Polícia Civil que foi ameaçado de morte pelo procurador de Justiça, Carlos Alberto Zeolla. O procurador é assassino confesso do sobrinho dele, Cláudio Alexander Joaquim Zeolla, 23 anos, ocorrido na manhã de terça-feira (3), em Campo Grande, dois meses após a prisão do estudante.

O rapaz foi flagrado pela PM (Polícia Militar), no bairro Coophavilla com uma pistola 9 milímetros, e foi autuado em flagrante na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

Questionado sobre o porquê de estar com a arma, o estudante de curso técnico de enfermagem disse que era para se defender das ameaças recebidas pelo procurador Carlos Alberto Zeolla.

Na declaração do flagrante, que consta no processo que ele responde por porte ilegal de arma, o rapaz diz que há alguns dias era ameaçado pelo procurador porque já havia tido um relacionamento com a namorada de Carlos, que no documento é identificada como Débora.

Em seguida, diz que por volta de 21h30 do dia 5, recebeu uma ligação em seu celular, feita de um telefone cujos números iniciais são 9274, onde o interlocutor se identificou como Carlos Alberto e marcou um encontro com ele em um shopping.

O estudante disse que, em tom ameaçador, Carlos Alberto mandou que se encontrasse com ele às 19h30 em um shopping. De acordo com a declaração do rapaz, o encontro era para conversar sobre um dinheiro que o jovem estaria devendo para o procurador.

Conforme relato à Polícia, Carlos Alberto disse a ele que caso não aparecesse no local marcado pelo procurador, no dia em que Carlos Alberto fosse no bairro onde o rapaz mora, "bala perdida poderia me achar", contou o rapaz.

Por conta disso, o estudante pegou a arma emprestada de um militar do Exército, amigo dele. E então, na madrugada do dia seguinte, foi flagrado pela PM com a pistola 9mm.

O estudante ficou preso por três dias e conseguiu alvará de soltura. O caso está com a Justiça. A denúncia do MPE (Ministério Público Estadual) foi recebida pelo juiz Ivo Salgado da Rocha, da 3ª Vara Criminal, dia 18 de fevereiro.

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