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Interior

Adolescentes fogem de alojamento e denunciam trabalho escravo em lavoura

Os seis trabalhadores paraguaios recebiam menos que os outros e moravam em condições insalubres

Por Silvia Frias | 12/11/2025 08:55
Adolescentes fogem de alojamento e denunciam trabalho escravo em lavoura
Alojamento usado por trabalhadores resgatados (Foto/Jornal da Nova)

Seis trabalhadores paraguaios, entre eles dois adolescentes, foram resgatados por equipe da PM (Polícia Militar) em uma lavoura de mandioca no Assentamento Casa Verde, em Nova Andradina, a 297 km de Campo Grande. Eles eram mantidos em condições análogas à escravidão. O local foi descoberto a partir da denúncia dos garotos, que conseguiram fugir e relatar a situação.

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Seis trabalhadores paraguaios, incluindo dois adolescentes, foram resgatados pela Polícia Militar em condições análogas à escravidão em uma lavoura de mandioca no Assentamento Casa Verde, em Nova Andradina, Mato Grosso do Sul. A descoberta ocorreu após a fuga e denúncia dos jovens. Os trabalhadores eram submetidos a condições degradantes, sem equipamentos de proteção, registro formal ou liberdade de locomoção. O alojamento não possuía infraestrutura básica, com água imprópria para consumo e ausência de banheiros. O caso foi encaminhado à Polícia Federal e ao Ministério Público do Trabalho.

A operação foi realizada ontem. Segundo informações do Jornal da Nova, os policiais encontraram os demais trabalhadores em atividade. O grupo cortava e limpava a plantação com facões e outras ferramentas, sem o uso de qualquer EPI (Equipamento de Proteção Individual). Nenhum deles tinha registro em carteira ou vínculo formal de trabalho.

De acordo com a polícia, o local era arrendado, e o responsável identificado como “gato”, termo usado para designar o aliciador que recruta e controla os trabalhadores, também exercia funções de vigilância sobre o grupo. Além de receberem menos do que brasileiros na mesma função, os paraguaios tinham a locomoção restrita, já que o transporte até a lavoura era oferecido apenas no início e no fim do expediente.

No alojamento, localizado na sede do distrito de Nova Casa Verde, a equipe encontrou condições consideradas degradantes: cômodos improvisados, sem ventilação, banheiro ou saneamento básico. A água disponível era imprópria para consumo e, segundo os policiais, os trabalhadores faziam as necessidades em buracos cavados no mato. Os colchões estavam espalhados diretamente no chão, em meio à sujeira.

A ocorrência foi encaminhada à Polícia Federal e o MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul) também foi acionado.

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