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Interior

Alvo da PF, vereador afastado por suspeita de grilagem retorna ao cargo

Parlamentar classificou a operação como “midiática” em seu retorno à Câmara

Jhefferson Gamarra | 11/04/2023 14:35
Vereador Rafael Modesto, alvo de operação da PF (Foto: Divulgação)
Vereador Rafael Modesto, alvo de operação da PF (Foto: Divulgação)

Alvo da operação Bárbaros, deflagrada pela Polícia Federal no início de março, o vereador de Ponta Porã, Rafael Modesto (PSDB), que inicialmente foi afastado de suas funções por 180 dias, teve habeas corpus garantido no TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região e retornou ao mandato na Câmara Municipal.

A operação que afastou o vereador é resultado de investigações contra crimes de invasão de terras da União, corrupção, advocacia administrativa, tráfico de influência, falsidade documental e estelionato. Além do parlamentar, a operação teve como alvo um ex-vereador e pelo menos três assessores parlamentares.

As investigações começaram logo após fiscalização da Superintendência do Patrimônio da União – vinculada ao Ministério da Economia – constatar ocupações irregulares em imóveis de propriedade da União no município de Ponta Porã.

Na decisão que garantiu o retorno imediato do vereador aos trabalhos legislativos, o Tribunal Regional Federal entendeu que a decisão que determinou o afastamento não foi devidamente fundamentada e sem relação entre as condutas apontadas pela Polícia Federal e a atividade parlamentar.

Em seu primeiro discurso no retorno à Câmara Municipal, o vereador classificou a operação da Polícia Federal como “midiática”, mesmo que ainda não tenha sido absolvido das acusações.

“A Polícia Federal fez a maior operação cinematográfica que já vi na minha vida. Eles desencadearam uma operação denominada “Bárbaros”, me ligando a pessoas que inclusive eu tenho o mínimo de contato, mas de alguma forma tinha que ocorrer alguma operação, né? Nessa operação, 40 homens foram na minha casa”, discursou o vereador.

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