CCZ inspeciona 1.573 imóveis e encontra 98 focos de mosquito em aldeias
Em três dias de mutirão, as equipes lideradas pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) encontraram 98 focos do mosquito Aedes aegypti nas aldeias Bororó e Jaguapiru, em Dourados, a 233 km de Campo Grande.
Com participação de agentes de saúde, voluntários da ONG Observatório dos Direitos Indígenas e da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), lideranças indígenas e soldados do Exército, o mutirão inspecionou 1.573 imóveis até ontem.
O trabalho para eliminar focos do transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus começou segunda-feira e termina nesta quinta (18). Segundo a prefeitura, inicialmente o mutirão deveria durar dois dias, mas foi prorrogado devido ao alto o número de focos localizados.
Profissionais de saúde que trabalham na reserva afirmam que o número de pessoas com sintomas da doença aumentou muito nos últimos meses. Sem encanamento, os índios são obrigados a armazenar água. Além disso, as aldeias não contam com coleta de lixo e muito material que pode acumular água fica espalhado no fundo das casas.
Além da eliminação dos focos e aplicação de inseticida para matar o mosquito adulto, as equipes fizeram roçada em terrenos e pátios de escolas, postos de saúde, associações, Vila olímpica, igrejas, campos de futebol, e Hospital da Missão Caiuá.