Criança relata maus-tratos em abrigo e servidoras são afastadas do emprego
Menina de 6 anos contou ter sido castigada com banho gelado e puxões de orelha; prefeitura abriu sindicância
Duas servidoras de um abrigo municipal em Itaquiraí, a 402 quilômetros de Campo Grande, foram afastadas por 60 dias após denúncias de maus-tratos contra crianças acolhidas no local. O caso veio à tona depois que o Disque 100 recebeu relatos de violência e encaminhou as informações ao Conselho Tutelar do município.
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Servidoras de abrigo em Itaquiraí são afastadas após denúncias de maus-tratos a crianças. Uma menina de seis anos teria sido obrigada a tomar banho gelado em madrugada fria, como castigo por urinar na cama. Outras agressões, como puxões de orelha e jogar a criança na cama pelos cabelos, também foram relatadas. Prefeito determinou afastamento preventivo das servidoras por 60 dias e instaurou comissão de sindicância para apurar o caso. As acusadas teriam admitido os castigos com a justificativa de "ensinar" a criança. O caso foi denunciado ao Disque 100 e encaminhado ao Conselho Tutelar. Autoridades como Ministério Público, Polícia Civil e Poder Judiciário foram notificadas para acompanhamento.
Segundo a denúncia, uma menina de 6 anos foi obrigada a tomar banho gelado em uma madrugada de frio de 5°C, como castigo por ter feito xixi na cama. Em outros episódios, as servidoras também teriam puxado crianças pelas orelhas e, em um dos relatos mais graves, jogado a vítima na cama segurando-a pelos cabelos.
Conforme a denúncia, a intenção das acusadas seria “ensinar” a criança a não urinar mais na cama. Os irmãos da vítima confirmaram os abusos e relataram as agressões físicas.
O prefeito Thalles Henrique Tomazelli publicou decreto no dia 25 de agosto determinando o afastamento preventivo das servidoras, sem prejuízo da remuneração, e instaurou comissão de sindicância para apurar as denúncias. A comissão terá prazo de 60 dias para concluir o processo e foi formada por três funcionárias da Secretaria Municipal de Assistência Social.
Em nota oficial, divulgada nesta quinta-feira (4), a Prefeitura afirmou que instaurou procedimento administrativo “diante da gravidade do relato” e optou pelo afastamento preventivo das servidoras “com o objetivo de assegurar a total imparcialidade das investigações”. O documento também reafirma o compromisso do município com a proteção integral das crianças e adolescentes, além da transparência na condução dos serviços públicos.
Cópias do decreto também foram encaminhadas ao Conselho Tutelar, ao Ministério Público, à Defensoria Pública, à Polícia Civil e ao Poder Judiciário para acompanhamento das apurações.
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