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Defesa da ex-namorada de jogador esquartejado alega contradição do TJ

“Como retirar as qualificadoras sem adentrar no mérito da questão?”, questiona advogado

Por Aline dos Santos | 16/06/2025 08:19
Defesa da ex-namorada de jogador esquartejado alega contradição do TJ
Rúbia Joice ao lado do advogado Felipe Azuma (à esquerda) em abril de 2024. (Foto: Reprodução)

A defesa de Rúbia Joice de Oliver Luvisetto, ré por homicídio do ex-namorado e ocultação de cadáver, vai entrar com recurso para esclarecer contradições da decisão do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

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A defesa de Rúbia Joice de Oliver Luvisetto, acusada do homicídio do ex-namorado Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, apresentará recurso para esclarecer contradições na decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, que anulou o júri popular dos réus. O crime ocorreu em junho de 2023, em Sete Quedas. Danilo Alves Vieira da Silva confessou ter matado e esquartejado a vítima, alegando legítima defesa de Rúbia. A ré nega participação ativa, afirmando apenas ter limpado o local do crime sob ameaça. O caso envolve ainda outros três acusados.

Na semana passada, a 2ª Câmara Criminal do tribunal anulou a decisão que mandou a júri popular os réus pela morte e esquartejamento do jogador de futebol Hugo Vinícius Skulny Pedrosa, de 19 anos. O crime bárbaro aconteceu em 25 de junho de 2023, no município de Sete Quedas.

Os desembargadores acolheram o recurso do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que apontou “excesso de linguagem” na sentença do juiz Túlio Nader Chrysostomo.

Ao mandar os réus para julgamento, o magistrado desconsiderou as qualificadoras de motivação torpe e de recurso que dificultou a defesa da vítima por avaliar que não havia provas suficientes que sustentassem a tese da acusação. Em caso de condenação, a retirada das qualificadoras resultaria em pena menor, contrário ao entendimento do Ministério Público.

“Nós vamos entrar com embargos de declaração para o próprio TJMS, questionando alguns pontos da decisão”, afirma o advogado Felipe Cazuo Azuma. Ele atua na defesa de Rúbia, Patrick Eduardo do Nascimento e Noemi Matos de Oliver. A mãe e padrasto de Rúbia respondem por fraude processual, pois teriam ajudado a encobrir vestígios do assassinato.

“O tribunal anulou a sentença de pronúncia porque afirmou que o juiz não poderia ter feito algumas afirmações, que poderiam influenciar os jurados. Porém, na sentença de pronúncia o juiz, pode retirar qualificadoras, como ele fez. Como retirar as qualificadoras sem adentrar no mérito da questão? Isso me parece uma contradição, questiona o advogado.

A família da vítima aponta que não se preocupa com o tempo, mas com julgamento justo. “Ele não vai voltar, então, pode demorar, desde que seja uma sentença justa”, avaliou Andressa Skulny, prima de Hugo.

O crime - Rúbia alega que o jogador teria invadido o quarto dela, depois de ver que a ex-namorada foi embora de uma festa com Danilo Alves Vieira da Silva, em Pindoty Porá, cidade paraguaia.

Em audiências à Justiça, Danilo confessou ter matado e esquartejado Hugo Skulny, mas alegou que agiu para defender Rúbia durante a briga, na casa da jovem. Também disse que andava armado por segurança e que é hábito comum na fronteira.

O rapaz também acusou o amigo de Rúbia, Cleiton Torres Vobeto, dizendo que foi ideia dele o esquartejamento, depois que tentaram jogar o corpo no Rio Iguatemi e perceberam que ele não afundaria.

Rúbia Joice nega que tenha participação ativa no crime, dizendo que somente limpou o sangue da casa, sendo ameaçada por Danilo se o denunciasse.

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