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Interior

Família nega ligação de homem morto na rua com crimes de pistolagem

Polícia afirma que Antônio Adelir Bittencourt era pistoleiro conhecido na fronteira, mas sobrinha diz que ele era fazendeiro

Helio de Freitas, de Dourados | 23/01/2019 17:13
Antônio Bittencourt foi executado por dois pistoleiros, hoje de manhã, em Paranhos (Foto: Reprodução)
Antônio Bittencourt foi executado por dois pistoleiros, hoje de manhã, em Paranhos (Foto: Reprodução)

Antônio Adelir Bittencourt, 59, executado por dois matadores na manhã de hoje (23) em Paranhos, a 469 km de Campo Grande, era fazendeiro e criava gado de leite no Paraguai. A afirmação é da sobrinha dele, Ana Maria Bittencourt, que questiona a informação divulgada pela polícia de que Antônio era um pistoleiro conhecido na fronteira.

Ao Campo Grande News, Ana Maria disse que o tio, quando era jovem, trabalhava com o pai dele no ramo de madeiras em território paraguaio.

Segundo ela, Antônio fez amizades no Paraguai e continuou trabalhando com madeireira por um tempo. Atualmente criava gado leiteiro em sua fazenda no lado paraguaio.

“Quando ele foi morto, estava saindo de uma loja veterinária, onde tinha comprado remédio para as vacas”, afirmou ela.

Morador em Vila Ygatimi, uma pequena cidade paraguaia a 30 km de Paranhos, Antônio Bittencourt tinha se naturalizado paraguaio. “Meu tio não era pistoleiro nem tinha ligação com o tráfico”, afirmou.

Ela contestou também outra informação da polícia local de que Antônio era sogro de Diego Zacaria Alderete Peralta, que herdou do pai Zacarias Peralta o controle do tráfico na região de Paranhos e Ypejhú, no lado paraguaio.

Segundo Ana Maria, o pai de Aline Verón Bittencourt, mulher de Diego, é José Carlos Bittencourt, irmão mais velho de Antônio.

O crime - Antônio Adelir Bittencourt foi morto por dois pistoleiros em uma moto na principal avenida de Paranhos. Ele se preparava para entrar em sua caminhonete quando os dois matadores se aproximaram e dispararam vários tiros usando duas pistolas, uma 9 milímetros e uma calibre 40.

À polícia, pessoas que o conheciam na cidade afirmaram que Antônio carregava uma pistola, mas nenhuma arma foi encontrada com ele ou na caminhonete.

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