“Ficamos 40 minutos à deriva”, lembra mecânico que sobreviveu a naufrágio em rio
Uma das vítimas nadou até a base da PMA para pedir socorro; o caso ocorreu na madrugada de domingo
RESUMO
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Uma família de quatro pessoas sobreviveu a um naufrágio no Rio Paraná, em Aparecida do Taboado, após permanecer 40 minutos agarrada a uma árvore dentro do rio. O incidente ocorreu na madrugada de domingo, quando água começou a entrar na lancha em que pescavam, sem que o grupo percebesse inicialmente. Apenas uma pessoa usava colete salva-vidas, que foi posteriormente utilizado por um dos membros para buscar ajuda. A Polícia Militar Ambiental realizou o resgate após ouvir gritos de socorro. Os náufragos foram atendidos no pronto-socorro local com ferimentos leves e a embarcação foi recuperada no mesmo dia.
O grupo de quatro pessoas que sobreviveu após a lancha em que estavam naufragar ficou cerca de 40 minutos agarrado a uma árvore dentro do rio após o incidente. O caso foi registrado na madrugada de domingo (14), no Rio Paraná, em Aparecida do Taboado, município localizado a 458 quilômetros de Campo Grande.
Segundo uma das vítimas, Renan Michael Luva e Almeida, de 30 anos, mecânico e morador de Aparecida do Taboado, o acidente aconteceu em frente a um rancho alugado pela família para o fim de semana.
“Estávamos pescando. Pegamos a lancha e começamos a pescar bem em frente ao rancho. A água começou a entrar e ninguém percebeu na hora”, relatou.
Na embarcação estavam quatro pessoas. Renan, um tio que veio de São Paulo (SP), a cunhada dele e o cunhado. Apenas uma delas, a mulher, usava colete salva-vidas.
De acordo com Renan, o problema foi percebido tarde demais. “O pessoal estava na parte de trás da lancha. Quando vimos, já estava entrando bastante água e a lancha começou a afundar. Na hora não estava chovendo”.
Renan e o cunhado, que têm mais experiência com embarcação, ainda tentaram retirar a água usando uma caixa térmica, sem sucesso. “Não deu tempo. A lancha acabou afundando”.
Com o naufrágio, o grupo passou a se segurar em uma árvore dentro do rio. Em uma decisão improvisada, o colete salva-vidas foi retirado da mulher e colocado no cunhado, que seguiu até a margem para buscar ajuda junto à PMA (Polícia Militar Ambiental).
“Ficamos cerca de 40 minutos à deriva, segurando na árvore. Depois que meu cunhado chegou à polícia e avisou, foi rápido. Em cerca de cinco minutos o resgate chegou”.
Entenda o caso - Os policiais da PMA ouviram gritos de socorro por volta da 00h. Um homem molhado, usando o único colete da embarcação e em aparente estado de choque, pediu ajuda. Ele informou que os demais ainda estavam no rio.
Dois sargentos utilizaram a embarcação oficial e localizaram os outros três cerca de 500 metros adiante. Eles estavam exaustos, sem coletes e com dificuldade de se manterem fora da água, agarrados à árvore.
Após o resgate, todos foram encaminhados ao pronto-socorro de Aparecida do Taboado. Segundo a PMA, as vítimas tiveram apenas ferimentos leves e foram liberadas após exames, realizados por protocolo.
Renan minimiza o próprio susto, mas reconhece o impacto sobre os familiares. “Para mim foi tranquilo. Estou na água todo fim de semana, já passei por situações parecidas. Mas o pessoal ficou bem assustado, porque não está acostumado”.
A lancha foi localizada e retirada do rio ainda na tarde de domingo, sendo devolvida aos proprietários.
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