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Interior

Foto no celular causou ciúmes e briga que acabou em 31º feminicídio do ano em MS

Assassina havia fugido, mas no trajeto ligou para a polícia e se entregou

Por Dayene Paz | 22/10/2025 11:19
Foto no celular causou ciúmes e briga que acabou em 31º feminicídio do ano em MS
Policiais na casa onde ocorreu crime, em Três Lagoas. (Foto: JP News)

A briga que terminou com a morte de Solene Aparecida Corrêa, de 46 anos, em Três Lagoas, a 327 km de Campo Grande, foi motivada por ciúmes, depois que ela viu fotos da companheira, Laura Rosa Gonçalves, com outra mulher no celular. A nova informação consta no boletim de ocorrência registrado após o crime.

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Uma briga motivada por ciúmes terminou em tragédia em Três Lagoas, a 327 quilômetros de Campo Grande. Solene Aparecida Corrêa, de 46 anos, morreu após confrontar sua companheira, Laura Rosa Gonçalves, ao descobrir fotos dela com outra mulher em seu celular. Durante a discussão, Solene empunhou uma faca contra Laura, que reagiu segurando-a pelo pescoço. Após soltá-la, Laura percebeu que a companheira estava sem vida. O caso é agravado pelo fato de que havia uma medida protetiva vigente impedindo a aproximação entre as duas.

Conforme o registro, vizinhos ouviram a briga e a Polícia Militar foi acionada para atender uma situação de vias de fato. Ao chegar ao local, encontrou a casa revirada indicando luta e marcas de sangue. Solene estava caída no chão e não tinha sinais vitais. A equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) confirmou o óbito.

Laura havia fugido, mas no trajeto ligou para a polícia e se entregou. Em depoimento, contou que possuía uma medida protetiva e não podia se aproximar de Solene, mas que, há cerca de um mês, a vítima teria voltado a morar em sua casa.

Segundo o relato, na data do crime, Laura chegou do trabalho, quando Solene pegou o celular e viu fotos da autora com outra mulher. A descoberta teria dado início à briga. Durante a discussão, Solene pegou uma faca e partiu para cima da companheira. Laura disse que conseguiu segurá-la pelo pescoço para contê-la e, ao soltá-la, percebeu que a vítima já estava sem vida.

Laura foi conduzida à DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), onde foi entregue com lesões para as providências cabíveis.

Mato Grosso do Sul já tem 31 vítimas de feminicídio somente em 2025. O crime, assassinato de mulheres em contexto de violência doméstica ou de gênero, agora é autônomo. Em outubro de 2024, uma nova lei estabeleceu outras medidas para prevenir e coibir a violência contra a mulher (Lei 14.994, de 2024). A pena para o crime de feminicídio passou a ser de 20 a 40 anos de prisão, maior do que a prevista para o homicídio qualificado (12 a 30 anos de reclusão).

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