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Interior

Identificados os oito vereadores afastados por corrupção em Maracaju

Ex-presidente da Câmara Hélio Albarello está entre os oito atuais vereadores afastados hoje

Helio de Freitas, de Dourados | 07/12/2022 08:22
Viaturas em frente à casa do vereador Hélio Albarelo, em Maracaju (Foto: Direto das Ruas)
Viaturas em frente à casa do vereador Hélio Albarelo, em Maracaju (Foto: Direto das Ruas)

Foram identificados os oito vereadores de Maracaju (a 159 km de Campo Grande), afastados hoje (7) no âmbito da Operação Dark Money, que apura esquema milionário de corrupção na prefeitura em 2019 e 2020, dois últimos anos da gestão do ex-prefeito Maurilio Azambuja (MDB).

Além dos oito atuais vereadores – reeleitos em 2020 – outros três ex-vereadores são alvos dessa nova fase da operação. Todos são acusados de receber mensalinho para votar projetos de interesse do Executivo e não fiscalizar os atos do prefeito.

O Campo Grande News apurou que entre os oito atuais vereadores afastados está o ex-presidente da Câmara Hélio Albarello (MDB).

Ex-presidente e atual vereador Hélio Albarello, um dos afastados pela Justiça (Foto: Maracaju Conectado)
Ex-presidente e atual vereador Hélio Albarello, um dos afastados pela Justiça (Foto: Maracaju Conectado)

Além dele, foram afastados João Rocha (MDB), Jefferson Lopes (Patriota), Antônio João Marçal de Souza, o “Nenê da Vista Alegre” (MDB), Ludimar Portela, o “Nego do Povo” (MDB), Robert Ziemann (PSDB), Ilson Portela, o “Catito” (União Brasil), e Laudo Sorrilha (PSDB).

Os três ex-vereadores, que segundo a investigação também recebiam mensalinho, mas não conseguiram se reeleger em 2020, são Vergilio da Banca (MDB), Adriano da Silva Rodrigues, o “Professor Dada” (PSDC), e Toton Pradence (União Brasil). Adriano mora atualmente em Rio Brilhante, onde trabalha em uma usina.

Os 11 políticos e pessoas apontadas como “laranjas” do esquema foram alvos hoje de 22 mandados de busca e apreensão cumpridos pelo Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

A Operação Dark Money começou no ano passado para investigar desvios de pelo menos R$ 23 milhões do cofre público de Maracaju através de uma conta clandestina, aberta em nome da prefeitura, sem conhecimento ou auditoria dos órgãos de controle.

Em 22 setembro de 2021, foi deflagrada a 1ª fase da operação, culminando na prisão de servidores e ex-servidores, incluindo o ex-secretário municipal de Fazenda Lenilson Carvalho Antunes e o ex-prefeito Maurilio Azambuja.

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