Mãe é presa após filha de 4 anos ser hospitalizada com fratura e lesões
Foram identificadas lesões pelo corpo da menina de 4 anos em diferentes estágios de cicatrização
Jovem de 27 anos foi presa em Paraíso das Águas, a 277 quilômetros de Campo Grande, sob suspeita de maus-tratos contra a filha, de três anos. O flagrante ocorreu na terça-feira (20), após o Conselho Tutelar acionar as autoridades informando que a criança havia dado entrada no Hospital Municipal em condições que indicavam negligência. O caso só foi divulgado nesta quarta-feira (21).
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Conforma a Polícia Civil, a menina foi levada à unidade de saúde por uma cuidadora recém-contratada. A profissional relatou que recebeu a criança da mãe naquela mesma tarde, visivelmente suja, sem alimentação adequada e sem explicações sobre seu estado de saúde.
Durante a avaliação médica, foi constatado que a criança usava uma tala ortopédica no braço, devido a uma fratura anterior, mas com sinais de falta de higienização e cuidados. O curativo apresentava aspecto escurecido, indicando que não havia sido trocado no tempo adequado. Além disso, os profissionais identificaram diversas lesões pelo corpo, em diferentes estágios de cicatrização, sugerindo episódios recorrentes de negligência.
Ainda segundo o atendimento médico, a menina apresentava esforço respiratório associado à tosse, compatível com infecção das vias aéreas.
A mãe foi localizada pela Polícia Civil e conduzida à delegacia, onde foi autuada em flagrante pelo crime de maus-tratos majorado. A legislação prevê aumento de pena quando a vítima é menor de 14 anos e o autor possui dever legal de proteção.
Inicialmente, a Polícia Civil arbitrou fiança no valor de um salário mínimo, de R$ 1.518. Contudo, em decisão interlocutória proferida nesta quarta-feira (21), a juíza Bruna Tafarelo concedeu liberdade provisória à suspeita e revogou a fiança.
Na decisão, a magistrada também determinou que o Conselho Tutelar informe quais medidas foram adotadas e as condições atuais em que a criança está inserida. A audiência de custódia não foi realizada, porque a mãe foi liberada antes.
Em sua versão, a mãe alegou que a fratura no braço da filha ocorreu no dia 20 de fevereiro, quando a criança sofreu uma queda de bicicleta enquanto era levada até a residência da babá. Afirmou ainda que não realizou a troca do curativo porque não foi orientada quanto à necessidade.
Ela também justificou as demais marcas no corpo da criança como decorrentes de dermatite atópica, condição clínica hereditária, que provoca inflamação crônica da pele, agravada por fatores emocionais. A criança permanece sob os cuidados do Conselho Tutelar, que seguirá acompanhando o caso junto aos órgãos de proteção à infância. A investigação continua para esclarecer os detalhes do fato e apurar eventuais responsabilidades de outras pessoas.
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