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Interior

Mulher que guardou picape usada em execução é presa com carros furtados

Polícia encontrou caminhonete blindada e outros dois automóveis com registro de furto

Por Gustavo Bonotto e Helio de Freitas, de Dourados | 16/07/2025 20:33
Mulher que guardou picape usada em execução é presa com carros furtados
Celeida Acosta Segovia, 43 de idade, foi detida em posse de veículos "penhorados", diz. (Foto: Reprodução/Última Hora)

A polícia do Paraguai prendeu, nesta quarta-feira (16), Celeida Acosta Segovia, de 43 anos, por receptação. Ela foi flagrada no bairro Obrero, em Capitán Bado, com dois veículos furtados no Brasil: uma Mercedes-Benz branca, modelo 2008, e uma Volkswagen Saveiro prata. Segundo a mulher, a caminhonete blindada usada no atentado que matou duas pessoas na véspera também esteve em sua casa, deixada como garantia de dívida por um conhecido.

RESUMO

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Dois suspeitos foram presos no Paraguai em conexão com o duplo homicídio ocorrido em Capitán Bado, na fronteira com o Brasil. Javier Contrera Pavón, 31, se entregou à polícia, admitindo ser o antigo dono da Mercedes-Benz blindada usada no crime, alegando tê-la vendido recentemente. Celeida Acosta Segovia, 43, foi presa com dois veículos roubados, incluindo a SUV usada no ataque. A polícia investiga a relação dos suspeitos com o atentado que vitimou Alxi Javier Escurra Rodriguez e Sebastián Gonzalez Espínola. Escurra, sobrinho de um conhecido narcotraficante, e Espínola foram mortos a tiros após pistoleiros cercarem seu veículo. A polícia investiga a possível ligação do duplo homicídio com a execução de um casal em Coronel Sapucaia, dias antes.

A Mercedes apreendida na casa de Celeida havia sido roubada em Lajeado (RS), a mais de 1.100 quilômetros da fronteira. Já a SUV usada pelos pistoleiros foi incendiada logo após o crime e ainda não teve a origem confirmada. O duplo homicídio ocorreu na tarde de terça-feira (15), no bairro San Roque, também em Capitán Bado, cidade vizinha de Coronel Sapucaia, a 396 quilômetros de Campo Grande.

As vítimas, Alxi Javier Escurra Rodriguez, de 25 anos, e Sebastián Gonzalez Espínola, de 37, estavam em um Volkswagen Polo Track quando foram interceptadas. Quatro homens desceram da SUV armados com fuzis e pistolas e abriram fogo. Alxi foi atingido por oito tiros e Sebastián por 16, conforme laudo preliminar. Um deles caiu em frente a uma borracharia; o outro, no canteiro central da avenida.

Depois do ataque, os pistoleiros incendiaram a SUV usada no crime. As chamas também atingiram o carro das vítimas, que estava ao lado. Câmeras de segurança mostraram que o grupo foi resgatado por outro veículo, possivelmente um Volkswagen Polo cinza, e cruzou para o lado brasileiro logo após a execução. A polícia do Paraguai pediu apoio à Polícia Civil para identificar o carro e rastrear os envolvidos.

Ainda na noite de ontem, Javier Contrera Pavón, de 31 anos, se apresentou espontaneamente à polícia e admitiu ter sido o último a portar a caminhonete. Disse que havia vendido o veículo dias antes a uma pessoa desconhecida, mas os investigadores não consideram a versão convincente. Ele foi preso, teve o celular apreendido e deve ser investigado por receptação. A polícia considera sua prisão estratégica para esclarecer o caso.

De acordo com o jornal Última Hora, Alxi Escurra era sobrinho de Felipe Barón Escurra, apontado como o principal narcotraficante de Capitán Bado e ligado à facção Comando Vermelho.

A polícia agora apura se o duplo homicídio tem ligação com o assassinato de Francisco Willams da Silva, de 33 anos, e da esposa dele, Camila Barros Barboza, 35 de idade. O casal foi morto a tiros no sábado (12), em Coronel Sapucaia, quando saía de uma loja de cosméticos.

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