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Interior

Polícia mantém vigilância para impedir novo bloqueio de anel viário

Equipes da PM deixaram o local após uso de bombas de gás e balas de borracha para liberar rodovia

Por Helio de Freitas, de Dourados | 15/12/2025 15:43
Polícia mantém vigilância para impedir novo bloqueio de anel viário
Policiais deixam local após desbloqueio; indígenas voltaram para acampamento (Foto: Leandro Holsbach)

Equipes da PMR (Polícia Militar Rodoviária) e do batalhão rural mantêm vigilância para impedir novo bloqueio do anel viário de Dourados, cidade a 251 km de Campo Grande. Nesta segunda-feira (15), indígenas de uma área de ocupação entraram em confronto com policiais militares que foram ao local para desobstruir a rodovia.

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A Polícia Militar Rodoviária e o batalhão rural mantêm vigilância no anel viário de Dourados, após confronto com indígenas que bloquearam a rodovia. Durante o protesto, as forças policiais utilizaram bombas de gás e balas de borracha para dispersar manifestantes que ameaçavam atear fogo em veículos.O bloqueio inicial ocorreu em protesto contra o marco temporal para demarcação de terras indígenas. A situação se intensificou após a prisão de Magno Souza, ex-candidato a governador, por acusação de estupro de vulnerável. Sua esposa, Nayara Arce da Silva, liderou nova manifestação alegando que a detenção estava relacionada aos protestos.

Os policiais tiveram de usar bombas de gás e disparar tiros com balas de borracha para obrigar o grupo a retornar para o acampamento. Após a desobstrução da via com uso de uma pá carregadeira, os indígenas se posicionaram no meio da pista e ameaçaram colocar fogo nos veículos que passassem pelo protesto.

Usando escudos, equipes da Força Tática, do Getam (Grupo Especializado Tático em Motocicletas) e do canil avançaram em direção aos manifestantes, que responderam atirando pedras.

Após muita fumaça das bombas e barulho de tiros, os indígenas recuaram e a rodovia foi completamente desobstruída. Quando ainda estavam na rodovia, alguns manifestantes chegaram a atirar pedra com estilingue na direção de jornalistas que cobriam a ação. Não há informação se algum indígena ficou ferido. Ninguém foi preso.

Polícia mantém vigilância para impedir novo bloqueio de anel viário
Máquina é usada para desobstruir anel viário, em Dourados (Foto: Leandro Holsbach)

Entenda – Construído para desviar o tráfego de caminhões no perímetro urbano, o anel viário de Dourados liga a BR-163 à MS-156 e à BR-463. A rodovia corta a região norte do município e passa ao lado da reserva indígena e de áreas de ocupação.

Na quinta-feira (11), alegando protesto contra a aprovação de um projeto de lei no Senado estabelecendo o marco temporal para demarcações de terras indígenas, o grupo bloqueou a rodovia perto do trevo com a Avenida Guaicurus (MS-162).

O bloqueio foi retomado na sexta-feira com promessa de ser mantido até que os indígenas recebessem do STF (Supremo Tribunal Federal) um compromisso de derrubar a regra.

No sábado (13), a Polícia Militar prendeu na área um dos principais líderes do grupo, o ex-candidato a governador nas eleições de 2022, Magno Souza, de 41 anos. Ele estava com a prisão preventiva decretada por estupro de vulnerável.

Ontem, liderados pela esposa de Magno, os indígenas retomaram o bloqueio do anel viário. Nayara Arce da Silva afirmou em vídeo divulgado em rede social que a interdição era uma forma de protesto contra a prisão.

Ela disse que Magno teria sido preso por causa dos bloqueios. “Eu quero a liberdade para ele imediatamente. Levaram ele lá por causa disso”, declarou, relacionando a prisão às mobilizações. Entretanto, o mandado havia sido expedido no dia 19 de novembro.

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