Polícia procura segundo envolvido em atentado contra ex-presidiário
Piloto da moto, o venezuelano alegou não saber o real objetivo da "missão" e diz não conhecer o atirador
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Policiais civis do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil estão à procura do segundo envolvido no atentado contra o ex-presidiário Guilherme Brites Castilho, 25, baleado com três tiros no final da manhã de quarta-feira (22) em Dourados, a 251 km de Campo Grande.
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O venezuelano Juan Daniel Linares Gonzalez, 29, que pilotava a moto no momento do atentado, disse não conhecer o atirador. Preso ontem de manhã em sua casa no residencial Estrela Porã, mesmo bairro do crime, Juan confessou envolvimento, mas alegou não saber do real objetivo da missão.
Durante interrogatório na delegacia, Juan Gonzalez contou que no dia anterior ao crime foi procurado para buscar uma moto escondida numa mata e entregar para outra pessoa. A moto tinha sido furtada e vendida por R$ 500 por um usuário de crack, também localizado e ouvido pela polícia.
Juan afirmou que, após encontrar o atirador, que seria de nacionalidade paraguaia, o desconhecido disse que os dois teriam que matar uma pessoa. O venezuelano alega ter tentado desistir, mas o outro homem disse que era “muito tarde para voltar atrás”.
Câmera de monitoramento instalada perto do local gravou o momento em que os dois homens de moto se aproximam de Guilherme e o garupa começa a atirar (veja o vídeo acima). Os dois fugiram, mas cerca de 500 metros depois, a moto apresentou defeito. A dupla continuou a fuga a pé.
Depois de passar o dia escondido numa mata para escapar dos policiais, que usaram até um helicóptero nas buscas, Juan Gonzalez voltou para casa e na manhã desta quinta-feira foi preso. Inicialmente, ele negou participação no crime, mas o depoimento da esposa foi crucial para sua prisão.
A mulher, também venezuelana, confirmou que Juan havia saído de casa no dia anterior vestindo as mesmas roupas identificadas nas imagens das câmeras, supostamente para fazer uma diária. Ele retornou à noite com ferimentos pelo corpo, possivelmente causados por galhos na mata onde ficou escondido.
Ao ver as imagens da dupla de moto, a mulher afirmou ter certeza que o condutor da moto era seu marido e que o capacete utilizado por ele era do mesmo modelo visto nos vídeos.
O SIG contesta a versão de que Juan não sabia que o plano era matar uma pessoa. “Diante do conjunto probatório, das contradições de sua narrativa e da existência de provas materiais que o vinculam diretamente à execução do crime, sua tese defensiva não se sustenta. A dinâmica demonstrada nas imagens, aliada à fuga deliberada e ao abandono de veículo furtado, evidencia participação consciente e relevante na tentativa de homicídio”, afirma trecho do procedimento policial.
A Polícia Civil ainda não informou de quem teria partido a ordem para matar Guilherme Castilho, conhecido no bairro como “Chicão”. Existe suspeita de que o crime teria sido planejado de dentro do sistema penitenciário. Velho conhecido nos meios policiais, Guilherme continua internado em estado grave na UTI do Hospital da Vida.
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