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Interior

Juiz homologa prisões de empresários e advogado por fraudes em prefeitura

Nilson Pedroso, Lucas de Andrade Coutinho e George Willian de Oliveira passaram por audiência hoje

Por Helio de Freitas, de Dourados | 24/10/2025 14:59
Juiz homologa prisões de empresários e advogado por fraudes em prefeitura
Viatura do Gaeco/Gecoc em frente à casa onde advogado foi preso, em Corumbá (Foto: Divulgação)

O juiz Ronaldo Gonçalves Onofri, da Coordenadoria de Audiência de Custódia de Campo Grande, homologou nesta sexta-feira (24) o cumprimento dos mandados de prisão preventiva dos empresários Lucas de Andrade Coutinho e George Willian de Oliveira e do advogado Nilson dos Santos Pedroso.

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O juiz Ronaldo Gonçalves Onofri homologou as prisões preventivas dos empresários Lucas de Andrade Coutinho, George Willian de Oliveira e do advogado Nilson dos Santos Pedroso, alvos da Operação Fake Cloud. Durante a audiência de custódia, nenhum dos acusados relatou violência na execução dos mandados. A operação, deflagrada pelo Ministério Público, investiga esquema de fraudes em licitações na Prefeitura de Itaporã desde 2022, envolvendo contratos de sistemas de backup em nuvem. Os suspeitos teriam simulado processos licitatórios e direcionado propostas para beneficiar determinada empresa.

Alvos da Operação Fake Cloud, deflagrada ontem pelo Ministério Público para desmantelar esquema de fraude em contratações públicas no município de Itaporã, os três foram presos pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção).

Durante audiência de custódia na manhã de hoje, nenhum dos acusados relatou constrangimento, excesso ou violência no cumprimento dos mandados de prisão.

“Não cabe a este juízo analisar a manutenção ou não da prisão, visto que não se trata de flagrante delito, limitando-se o presente ato à verificação da preservação dos direitos constitucionais do custodiado, o que foi devidamente garantido. Preenchidos os requisitos legais e assegurados os direitos constitucionais dos presos, determino a remessa, com urgência, do presente procedimento para a Vara de Origem – Vara Única de Itaporã, para conhecimento do cumprimento da ordem de prisão e para a adoção das providências cabíveis”, despachou Ronaldo Gonçalves Onofri.

Nilson Pedroso foi gerente municipal de aquisições governamentais – cargo equivalente a diretor de compras – da Prefeitura de Itaporã na administração do ex-prefeito Marcos Pacco (2016-2024). Ele foi preso em casa, em Corumbá, onde ocupava até ontem o cargo de secretário municipal de Governo e Gestão Estratégica. Nesta sexta-feira, foi exonerado.

Dono de empresa de tecnologia supostamente implicada no esquema em Itaporã, George Willian de Oliveira foi preso em Campo Grande. Já Lucas de Andrade Coutinho foi preso município de Rio Negro. Ontem mesmo, ele e Nilson foram removidos para Campo Grande.

George de Oliveira e Lucas Coutinho já foram transferidos para o Centro de Triagem Anísio Lima, na Capital. Como tem direito a cela especial por ser advogado, Nilson Pedroso ficará recolhido no Presídio Militar Estadual, também em Campo Grande.

Juiz homologa prisões de empresários e advogado por fraudes em prefeitura
Lucas de Andrade Coutinho foi preso ontem e já está no Centro de Triagem (Foto: Marcos Maluf)

A operação – A investigação do Ministério Público mira grupo suspeito de fraudar sistematicamente processos de licitação em Itaporã. Os crimes são de organização criminosa, fraude em contratações públicas e corrupção. O procedimento está em sigilo.

Além dos três presos, a Operação Fake Cloud cumpriu mandados de busca e apreensão contra o ex-secretário de Finanças de Itaporã, Paulo Henrique de Souza, e contra Gabriel Cordeiro Spontoni e Miguel dos Santos Andrade.

O Grupo Especial de Combate à Corrupção, braço do MP, constatou a existência de esquema criminoso estruturado que fraudava processos de contratações públicas para fornecer licença de sistemas de backup de dados em armazenamento em nuvem para a Prefeitura de Itaporã desde 2022.

Após negociações ilícitas dos empresários com agentes públicos, diversos processos foram simulados e direcionados para beneficiar determinada empresa, mediante propostas fictícias e exigências técnicas previamente elaboradas para restringir a concorrência.

Em nota oficial, a Prefeitura de Itaporã informou que a operação refere-se exclusivamente a procedimentos administrativos ocorridos durante a gestão municipal de 2021 a 2024, especificamente vinculados ao Processo Licitatório nº 183/2022, cuja vigência encerrou-se integralmente no referido período.

“A atual administração, sob a gestão do prefeito Tiago Carbonaro desde 1º de janeiro de 2025, não possui qualquer vínculo, envolvimento ou responsabilidade sobre os contratos, atos ou decisões mencionados na investigação. Todos os fatos apurados antecedem completamente o atual mandato e não guardam qualquer relação com a presente gestão”, diz a nota.

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