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Interior

Prefeito proíbe “cabelo maluco” em escolas e diz que prática não educa

De acordo com ele, a atividade gera competição entre as crianças e custos para as famílias

Por Lucia Morel | 09/10/2025 15:11

O prefeito de Antônio João, Agnaldo Marcelo da Silva Oliveira (PSDB), conhecido como “Marcelo Pé”, proibiu o uso do chamado “cabelo maluco” nas escolas e nos centros de educação infantil do município. Segundo o gestor, o decreto com a medida deve ser publicado ainda nesta quinta-feira (9). O “cabelo maluco” transformou-se em tradição, nos últimos anos, nas escolas de todo o Brasil, como comemoração à Semana das Crianças.

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O prefeito de Antônio João (MS), Agnaldo Marcelo da Silva Oliveira, proibiu a tradicional prática do "cabelo maluco" nas escolas municipais. A medida, que será oficializada por decreto, visa eliminar uma atividade que, segundo o gestor, gera competição entre alunos e custos desnecessários para as famílias. Ex-professor de educação física, o prefeito defende que existem alternativas pedagógicas mais adequadas, como o ensino de valores familiares e o estudo da história local, especialmente sobre a Guerra do Brasil e Paraguai. A decisão causou descontentamento na equipe da Educação, que já havia divulgado a programação.

De acordo com ele, a atividade gera competição entre as crianças e custos para as famílias. “Achei por bem cancelar a semana do cabelo maluco aqui em Antônio João”, afirmou em vídeo, alegando que a prática “não agrega em nada no bom desempenho das crianças”. Para o prefeito, há outras ações pedagógicas mais adequadas. “Temos tantas outras atividades que, acredito, desenvolverão muito melhor as nossas crianças”, completou.

Marcelo Pé disse não ter se inspirado em decisões de outros gestores, mas em sua própria experiência como professor de educação física. “São coisas que vão sendo implantadas na mente das crianças e que lá na frente é difícil tirar. Prefiro implantar outros tipos de conhecimento: o valor da família, do pai, da mãe, do padrasto, da avó”, afirmou.

Ele também destacou a importância dos valores culturais e regionais. “Antônio João tem um contexto histórico da Guerra do Brasil e do Paraguai. Há tantas outras coisas positivas que podemos trabalhar, em vez dessa questão de cabelo maluco ou semana maluca”, disse.

O prefeito afirmou ainda que não há punições previstas para quem descumprir o decreto e que acredita no cumprimento voluntário da medida. “A equipe da Educação ficou um pouco brava porque, quando soube que isso iria acontecer, já estava em cima da hora. Pedi para cancelar de imediato, e eles já tinham divulgado. Isso gerou um pouco de descontentamento, mas sempre tivemos uma boa relação com a equipe”, concluiu.

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