Raios mataram menos em 2016; uma das mortes durante a primavera foi em MS
O ano de 2016 teve menos mortes por raios do que a média dos últimos 20 anos. Segundo o Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), 45 pessoas morreram atingidas por raios no Brasil neste ano e a estimativa é que apesar da chuvarada, sejam registrados menos de 70 casos neste ano.
Das sete mortes que ocorreram recentemente – durante a primavera, entre os meses de outubro e novembro – uma foi em Mato Grosso do Sul. As outras seis aconteceram nos Estados de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo.
Entre 2000 a 2014 morreram, em média, 111 pessoas por ano devido a queda de raios, totalizando 1.792 casos. Em 2015 foram registrados 104 mortes.
Conforme a Agência Brasil, o estudo anual é feito a partir de dados do próprio instituto, dos atestados de óbito contabilizados pelo Ministério da Saúde e de informações divulgadas pela imprensa.
A redução de fatalidades em 2016 ocorreu, na avaliação do grupo, devido a um aumento da conscientização sobre os perigos dos raios, também apurou a agência de notícias estatal.
As ocorrências entre trabalhadores agropecuários lideram o número de vítimas, com 25% dos casos. Em seguida vem as mortes ocorridas dentro de casa, que representam 17% dos registros – são casos em que os raios atingem as redes elétricas próximas e levam o excesso de energia para dentro das residências.
Para 2017, o Elat prevê uma incidência de raios dentro da média histórica. A estimativa é feita a partir das temperaturas dos oceanos Atlântico e Pacífico - Sul, Equatorial e Norte.
‘Bombardeio’ – No dia 25 de outubro, 10.510 raios foram registrados entre 13h e 14h. Segundo o meteorologista da Uniderp, Natálio Abrão, o Estado liderou o ranking com maior queda de raios.
O Elat dá recomendações do que não fazer durante uma tempestade. Para ficar seguro a recomendação é que se estiver na rua, a pessoa busque veículo fechado como abrigo e fique dentro dele, com as portas fechadas, sem encostar-se à lataria até a tempestade passar, ou procure abrigo em moradias e prédios. Ficar ao ar livre é perigoso.