A primeira palavra falada por um humano: “quero cerveja"
Atualmente, podemos contar mais ou menos 6.000 línguas faladas no planeta, das quais quase 800 se localizam unicamente na Nova Guiné, a segunda maior ilha do mundo com 786 mil quilômetros quadrados, algo como apenas o dobro do Mato Grosso do Sul. É um estupor! Quase 800 línguas em dois MS. Nessa ilha, a diversidade genética das populações é enorme e por incrível que pareça, as comunidades locais ficam isoladas umas das outras. A língua, é provável, as isolam, ao invés de unir. Uma realidade que não se encaixa em nosso cérebro pois vivemos em um ambiente onde são usadas pouquíssimas línguas.
Como falamos: a anatomia da linguagem.
No terreno estritamente anatômico, está o aparato “fonador”, composto pelos pulmões, que insuflam ar; pelas cordas vocais, que vibram na laringe; e pela boca e nariz. A posição baixa da laringe, que alcançamos quando temos em volta de dois anos, é a “autoridade” na emissão de sons que chamamos de linguagem. Mas, há um osso que disputa a primazia com a posição da laringe para emitirmos palavras: o hióide, situado em cima da laringe. É bem simples. Se encontrar fósseis com hióide, aquela pessoa emitia palavras. Sem hióide, não há linguagem.
Quando começamos a falar?
O descobrimento, nos anos oitenta, de um osso hióide intacto na ossada de Kebara, em Israel, veio a demonstrar que temos linguagem há mais de 60.000 anos. Há cientistas que discordam e afirmam que falamos há 50 mil anos.
A genética da linguagem.
Graças aos progressos da genética conseguiram determinar a implicação na linguagem de uma proteína chamada “FOXP2, às vezes denominada gene da linguagem”. Acreditam que ocorreu uma mutação nos macaquinhos que nos deram origem e, quando essa proteína surgiu, passamos a dispor da linguagem. Mas a ciência ainda não explica essa diversidade de 6.000 línguas atuais - já existiram mais.
As primeiras palavras: “Quero Cerveja“.
Há uma gama de cientistas divertidos que afirma que as primeiras palavras foram: “Quero Cerveja”. É provável, no entanto, sem piada, que foi um urro, não identificável atualmente. Outra versão é que as primeiras palavras estavam relacionadas ao ensino de como talhar uma pedra.