Afinal, por que sonhamos? As três teorias atuais
Durante a maior parte da historia da humanidade, os sonhos foram considerados de forma quase mística, como mensagens de deuses, demônios ou antepassados. Acreditavam que durante o sonho, a mente se convertia em um recipiente passivo, ficava vazia. A evidência cientifica obtida no último século, e mais concretamente nos dez anos anteriores, desmontou essas ideias. Mas o sonho continua sendo um mistério, há muito por explicar. Há três teorias bem atuais tentando explicá-lo.
Está no DNA e responde a ameaças.
A primeira delas sustenta que os sonhos seriam uma simulação virtual em que colocamos a prova distintas respostas ante ameaças ou situações e imaginamos as consequências. Isso explicaria o motivo de termos sonhos repetidos, independente de onde estivermos ou de nossa situação socioeconômica. Sonhamos que caímos, que nos perseguem ou nos ataca, que chegamos tarde e que tentamos fazer algo uma e outra vez. Não há evidencia cientifica, mas essa teoria leva os cientistas a crerem que haveria uma certa influência genética nos sonhos. Como se os sonhos estivessem integrados ao DNA.
O sonho Beatles e Rolling Stones.
As melhores músicas dos últimos cem anos, sem duvida alguma, saíram da cabeça dos membros dos Beatles e dos Rolling Stones. Você sabia que eles acordaram com muitas delas prontas? Isso mesmo, sonharam com elas. Mas não só na música. O modelo atômico de Bohr foi construído em um de seus sonhos. Assim como a construção da tabela periódica dos elementos sonhada por Dmitri Mendeleiev. É a hipótese do “cérebro sobreajustado”. Sugere que sonhar mantém o cérebro ativo e preparado, de forma que, quando acordamos, o cérebro pode ser rapidamente ativado. É assim que muitos tem um pensamento mais flexível e criativo.
O sonho terapeuta noturno.
Por ultimo, estaria o sonho como uma espécie de terapeuta noturno. Ele nos ajudaria a digerir e elaborar emoções relacionadas com a ansiedade e o medo. Sonhar seria fundamental para a regulação emocional. Serviria para recordar experiências valiosas e, ao mesmo tempo, esquecer as dolorosas. Alguns especialistas, no entanto, indicam que é bem provável que as três teorias contenham parte da verdade do sonho. Não podemos esquecer que a ciência do sonho é muito nova, tem menos de um século. Os sonhos continuam sendo parcialmente misteriosos.
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