Afrodisíaca e atenuadora da fome, mastigando uma folha de “caá”
A origem e o uso da erva-mate, sem nenhuma dúvida, nos vêm do hemisfério sul, entre as populações pré-colombianas. Os conquistadores luso-espanhóis, bem como os jesuítas, tomaram ciência dessa planta nativa, cujas folhas eram mascadas pelos indígenas, e passaram a estudá-la com tenacidade. Contavam com a ajuda dos indígenas que mesmo não falando português ou espanhol, se entendiam usando a mímica.
Trituravam com as mãos.
As folhas eram trituradas com as mãos para depois serem mastigadas. Procuravam por plantas que curassem muitas doenças, não apenas uma. A erva-mate foi, para os primeiros brancos, uma planta misteriosa. Pelos indígenas era denominada “caá”.
Vamos à guerra mascando erva-mate.
Segundo alguns estudiosos da época da chegada dos brancos, essa planta possuía inegavelmente propriedades tais como descanso total dos músculos, atenuadora da fome, diurética, levantadora das forças alquebradas e…até de alto poder afrodisíaco. Essa folha tornava o indígena de forte espírito belicoso. Foi a partir dessa descoberta, de ir à guerra mascando erva-mate, que os jesuítas passaram a condenar seu uso. Anos depois, os integrantes da “Companhia de Jesus”, nome oficial dos jesuítas, voltaram atrás e passaram a comercializá-la.
Os primeiros estudos.
Data de 1.588 o inicio dos estudos para um melhor aproveitamento da erva. Em 1.618, já se tinha bom conhecimento de que ela produzia força para o usuário. Seria essa planta a responsável para que o indígena carregasse nas costas um saco de folha por muitos quilômetros por dentro das matas até as margens de algum rio onde poderiam embarcar esses sacos.
Chimarrão e tereré não são brancos.
Há alguma confusão histórica para aqueles que afirmam categoricamente que o costume de beber chimarrão ou tereré é criação de brancos. Com absoluta certeza estão errados. Felix Azara, um dos maiores estudiosos da época da chegada dos brancos por estas bandas, escreveu: “Los índios silvestres de Mondaí [oeste de Santa Catarina] y de Maracayu usaban tomar yerba, y de ellos lo aprendieron los españoles”. Esse “tomar yerba” do consagrado historiador nada mais era que tomar chimarrão ou tereré. Esse vicio que inicialmente foi proibido e detestado, chegando mesmo a ter casos de excomunhão por tomar uma guampa de chimarrão.
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