No futuro, os ricos terão aparência de 20 anos, e só os pobres envelhecerão
A beleza é uma questão de classe social. A exposição constante às telas da redes sociais está mudando a relação com o corpo. E não é para melhor. Uma recente pesquisa mostrou que todas as mulheres, sem exceção, entendem que seus corpos não são como desejam. Todas sentem que não estão belas. E o mais surpreendente: todas as mulheres tem histórias sobre seus corpos de que se envergonham. Se sentem piores que há 20 anos atrás. E não tem ideia do que aconteceu.
O dobro de depressão.
Há uma pressão estética que nunca sofreram. As redes sociais as empurram para o abismo da beleza inalcançável. Segundo a OMS, esse problema está minando a saude mental das mulheres. Elas tem o dobro de depressão quando comparamos os dados com os homens. Os algoritmos das redes sociais não são inócuos nem neutros, programados quase sempre por homens, aumentam a visibilidade das que melhor se adaptam a seus cânones de beleza.
Beleza é poder.
É uma maquinaria difícil de escapar. Mesmo aquelas que não desejam operar e nem se maquiam a todo momento, tem má relação com os alimentos, com o exercício e o sexo. A ideia de beleza é muito mais ampla do que reconhecemos. Não se trata só de maquiagem ou cirugia estética e sim de todas as formas que o corpo é percebido pela sociedade. E isso influencia nas oportunidades de emprego, no respeito e na segurança. É poder.
Mais de um milhão.
Há poucos dias, a revista feminina Vogue Arábia mostrou rostos rejuvenescidos nessa região onde há muitas mulheres bilionárias. É só lá que elas podem gastar algo com um milhão e meio de reais para ter rostos perfeitamente rejuvenescidos. Já não há duvida, no futuro elas terão aparência de 20 anos de idade, com todos os benefícios que isso trás. E só as pobres envelhecerão. Não podem nem sequer pensar nesses tratamentos e cirurgias.
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