ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
OUTUBRO, QUARTA  01    CAMPO GRANDE 25º

Em Pauta

Sais de lítio, a grande esperança para acabar com o Alzheimer

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 01/10/2025 09:35
Sais de lítio, a grande esperança para acabar com o Alzheimer

No Brasil, as mais recentes estimativas do Ministério da Saúde indicam que cerca de 1,2 milhão de pessoas vive com demência, a maioria tem Alzheimer. Afeta mais as mulheres idosas que os homens, especialmente quem ultrapassou a barreira dos 65 anos. Há outro dado ainda mais preocupante: acima dos 85 anos atingem a marca dos 40%. E pior, a tendencia é desses números duplicarem nos próximos anos. Ninguém fala, mas, na prática, equivale a uma epidemia ou algo próximo. Mas há esperança. E não é um charlatanismo industrial qualquer. O Alzheimer também altera profundamente a vida dos familiares.


Sais de lítio, a grande esperança para acabar com o Alzheimer

Harvard uniu-se às universidades de Boston e de Chicago.

Nos Estados Unidos, criaram um comitê tripartite para estudar o papel do lítio no combate ao Alzheimer. Harvard, Boston e Chicago uniram suas universidades para melhor entender o papel terapêutico dos sais de lítio. É um metal alcalino pouco denso que anteriormente demonstrou eficácia no tratamento da depressão e de outros transtornos cerebrais. É considerado um estabilizador do estado de ânimo. O lítio se encontra no cérebro onde é dinamicamente regulado e contribui para manter a saúde mental de idosos.


Sais de lítio, a grande esperança para acabar com o Alzheimer

Parece que só funciona em casos leves de deterioração mental.

À priori, as pesquisas vem demonstrando que os sais de lítio são reduzidos quando a famosa proteína amiloide, característica do Alzheimer, sequestra esses sais, reduzindo sua disponibilidade no cérebro. Todavia, as pesquisas estão a indicar que é bom provável que uma futura terapia tomando lítio venha a funcionar somente para os casos leves de Alzheimer. Não é tudo, mas é muito. A pesquisa, para quem pretende aprofundar no assunto, foi publicada na revista cientifica “Nature Neuroscience”. É importante ressaltar, todavia, que os idosos não devem sair loucamente tomando lítio. Isso só pode ser feito com acompanhamento médico.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.