Segurança com “olhar cidadão” é tema de nova coluna no Campo Grande News
Semanalmente, ex-vereador e coronel da PM, Alírio Villasanti, discutirá a segurança pública de MS e da Capital

Da violência na fronteira à violência no trânsito, a segurança pública de Mato Grosso do Sul e de Campo Grande será tema da nova coluna do Campo Grande News, “Segurança e Cidadania”, escrita pelo ex-vereador da Capital e coronel da Polícia Militar, Alírio Villasanti Romero. A coluna passa a integrar a programação semanal do portal a partir desta terça-feira (22).
RESUMO
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O coronel Alírio Villasanti Romero, ex-vereador de Campo Grande, estreia coluna no Campo Grande News sobre segurança pública em Mato Grosso do Sul. Com 32 anos de experiência na área, ele abordará temas como violência na fronteira, violência doméstica e o fortalecimento das instituições de segurança, buscando um olhar amplo e propositivo. Villasanti também é autor do livro "Segurança Pública e Qualidade de Vida". Na estreia, o coronel discute o acordo entre Brasil e Paraguai no combate ao crime organizado, considerando a integração entre países vizinhos fundamental para a segurança e o desenvolvimento da região. Ele defende maior presença do Governo Federal nas fronteiras, com investimentos em Polícia Federal e Receita Federal. A coluna também abordará feminicídios, contrabando, valorização dos profissionais de segurança e suicídios entre policiais, além da violência no trânsito, que vitimou majoritariamente jovens em 2024. A experiência política de Villasanti como vereador e sua proposta de aproximação com as universidades também serão abordadas na coluna, visando promover reflexão e diálogo.
Com 32 anos de experiência na área e uma trajetória política recente, ele promete um olhar mais amplo, contextualizado e propositivo sobre os desafios que atravessam o cotidiano de quem vive nas ruas da Capital ou nas regiões de fronteira do Estado.
A proposta é ir além das ocorrências policiais. Villasanti quer abordar desde a prevenção da violência doméstica até o fortalecimento das instituições de segurança nas cidades em desenvolvimento de MS e nos limites internacionais do Estado.
“Na visão de especialistas, o maior desafio do século XXI é a violência. Por isso digo, inclusive no meu livro publicado lá atrás, que segurança pública é qualidade de vida. Não há desenvolvimento sem segurança pública. Cidades como Ribas do Rio Pardo e Inocência, que estão em plena expansão, precisam de segurança, assim como de saúde e educação”, resume o coronel, autor do livro Segurança Pública e Qualidade de Vida (2009).
No texto de estreia, Villasanti trata do recente acordo entre a Polícia Federal do Brasil e a Polícia Nacional do Paraguai no combate ao crime organizado, um tema sensível para Mato Grosso do Sul, especialmente em cidades de fronteira como Corumbá, Ponta Porã e Porto Murtinho. Ele defende que iniciativas de integração entre países vizinhos são fundamentais não apenas para a segurança, mas também para o fortalecimento cultural, econômico e político da região.
Segundo ele, a experiência como comandante da PM em Corumbá e Bela Vista, duas cidades fronteiriças, o permite falar com propriedade. “Maior parte da minha carreira eu fiz no interior”, comenta.
Além disso, o coronel aponta a necessidade urgente de investimentos na estrutura federal, como Polícia Federal e Receita Federal, nas regiões de fronteira. “Essas estruturas são pequenas e insuficientes. É preciso mais presença do Governo Federal”, afirma.
Temas em pauta – Villasanti também pretende chamar atenção para temas abordados no cotidiano da cobertura policial, com um texto semanal e um vídeo. Ele fala da escalada dos feminicídios, do contrabando de cigarros, da falta de valorização dos profissionais de segurança e do preocupante índice de suicídios entre policiais.
“Os profissionais convivem diariamente com litígios, tensões, e acabam levando isso para a vida pessoal, para dentro de casa. Esse é um problema sério, que precisa ser enfrentado com urgência”, alerta. Por isso, defende uma “cultura da valorização”, com salários dignos, melhores equipamentos e cuidado psicológico.
Outro dado que o inquieta é o alto índice de violência no trânsito. Em 2024, Mato Grosso do Sul registrou um aumento de 11,6% nas mortes por acidentes de trânsito em comparação a 2023, totalizando 288 fatalidades. Campo Grande liderou os números com 57 mortes, embora tenha havido uma redução de 12,3% em relação ao ano anterior.
Ele aponta que grande parte das vítimas são jovens. “A maioria das vítimas tem entre 18 e 29 anos. Não podemos tratar a segurança como um tema de polícia apenas”, pontua Villasanti.
Da delegacia à casa de leis – O coronel, que foi vereador de Campo Grande entre 2020 e 2024, afirma que a vivência política também será parte do conteúdo da coluna. “Estive próximo das lideranças e da população. Criei comissões importantes, como a de segurança indígena e da criança e do adolescente. Quero continuar ouvindo a sociedade e trazendo esses temas”, diz.
Ele também propõe uma aproximação com as universidades, já que, em sua visão, há um distanciamento entre a academia e a prática. “Existe muito preconceito com quem vem da área da segurança”, diz. “Precisamos romper preconceitos e trazer o mundo acadêmico para esse debate”, defende.
É com essa bagagem prática, política e acadêmica que Villasanti pretende construir pontes. “Tenho alguns temas prontos para a coluna, mas posso mudar conforme a pauta da semana. O importante é promover reflexão e diálogo”, afirma.
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