Juanita Restaurante se destaca por práticas ecológicas em Bonito
Do fogão de casa ao Travellers' Choice TripAdvisor, Juanita também tem uma trajetória sustentável em Bonito
Em Bonito, há lugares que sobrevivem à pressa do turista. Lugares que, mesmo quando a cidade se renova, continuam no mesmo endereço firmes, porque pertencem ao território que os acolheu. O Juanita Restaurante é um desses.
Há quinze anos, a cozinha que começou com panelas pequenas e fé grande virou sinônimo de hospitalidade no coração de um dos destinos mais visitados do Brasil. E não apenas pelo tempero, mas pela forma como a casa aprendeu a servir o tempo: devagar, com generosidade e propósito.
O amor ainda é o melhor tempero
Tudo começou com Juanita Battilani, uma mulher que trocou o fogão de casa por um sonho maior: o de cozinhar para os outros e fazer disso um gesto de amor. Da marmitaria que atendia bonitenses e viajantes, nasceu um restaurante que hoje figura entre os mais prestigiados, segundo o Travellers’ Choice 2025 do TripAdvisor, com nota 4,9 e quase sete mil avaliações.
No salão, o aroma do Pacu na Brasa sem espinhas e o Costelão Rubinéia, que passa dez horas no fogo, anunciam o tipo de experiência que não se mede em minutos. A Moqueca de Pintado, o Filé de Jacaré na manteiga de garrafa e o doce Chico Balanceado são mais que pratos: são lembranças em forma de receita.
Mas foi com a chegada de Jean Pierre Battilani, filho de Juanita, que a casa aprendeu a crescer sem perder a essência. Sob sua gestão, o restaurante adotou o sistema à la carte e um modelo de administração mais ousado, que valoriza a equipe e mantém o equilíbrio entre resultado e alma.
Jean, que hoje conduz o restaurante ao lado da mãe, lembra que o crescimento veio acompanhado de um novo olhar sobre gestão.
“O Juanita cresceu muito nesses 15 anos, não apenas em tamanho, mas em propósito. A gestão se tornou mais profissional, estruturada e guiada por indicadores e processos”, explica.
Hoje, a casa funciona com metas claras, cargos definidos e uma governança que garante continuidade e qualidade, mas sem perder o que sempre foi a alma do lugar.
“A essência continua a mesma: a comida com alma, o tempero caseiro e o acolhimento de sempre. O que nunca mudou foi o carinho no preparo, o respeito ao cliente e o ambiente familiar que herdamos da dona Juanita, minha mãe, que é o coração dessa história.”
A virada verde de uma cozinha clássica
Em 2025, o Juanita deu início à jornada Lixo Zero, em parceria com a Ciclo Azul, e promete conquistar a certificação em poucos meses. A decisão, mais do que uma tendência, é uma escolha de futuro, para reduzir resíduos, reaproveitar materiais e transformar o próprio restaurante em exemplo de sustentabilidade dentro do turismo gastronômico.
O movimento, que começou com a triagem do lixo e a separação dos orgânicos, hoje envolve toda a equipe. A cozinha reaproveita sobras de insumos, a gestão investe em fornecedores locais e até o cliente percebe pequenas mudanças no dia a dia, da composteira ao cuidado com o descarte.
“Empresas que adotam práticas Lixo Zero não apenas reduzem impacto ambiental, elas criam cultura. E cultura é o que muda o mundo”, reforça a Ciclo Azul, parceira no processo.
O reconhecimento internacional e a jornada rumo à certificação Lixo Zero são, para Jean, apenas parte de um movimento maior.
“Essas conquistas mostram o quanto ainda queremos evoluir. Estamos em constante aprendizado e melhoria”, diz.
Nos próximos anos, o plano é consolidar as práticas sustentáveis em todas as áreas do restaurante, fortalecer a equipe com capacitações e expandir o modelo de gestão do Juanita para novas unidades.
“Nosso sonho é que o Juanita continue sendo uma referência de hospitalidade e gastronomia regional, levando o nome de Bonito para o mundo.”
Prêmio Piraputanga
Entre os prêmios acumulados, o Prêmio Piraputanga voltou a homenagear o Juanita este ano, e também reconheceu o mâitre Rodrigo, rosto conhecido pelos frequentadores. É ele quem faz a ponte entre cozinha e salão, com a elegância de quem entende que servir também é escutar.
Essas conquistas, no entanto, parecem consequência natural de algo que começou muito antes dos troféus: a coerência. O restaurante que põe o nome de Bonito no mapa da boa mesa é o mesmo que trata o lixo com respeito, o funcionário com afeto e o visitante como parte da casa.
Para Jean, o Juanita também cumpre um papel de guardião da cultura local. “A gastronomia é parte essencial da experiência de quem visita Bonito”, afirma.
“Nosso papel é representar a cidade com autenticidade: servir pratos regionais com excelência, valorizar produtores locais e oferecer um atendimento que faz o visitante se sentir em casa.”
Ele reforça que o restaurante não existe isolado, mas como parte viva do turismo de Bonito.
“Participamos de eventos e iniciativas que fortalecem o turismo gastronômico e sustentável, mostrando que Bonito é mais do que natureza, é também sabor, cultura e hospitalidade. Cada prato servido aqui é uma forma de contar a história da nossa terra.”
No fim das contas, o Juanita Restaurante é um lembrete de que comer bem é também um ato de pertencimento.
Visite o restaurante e viva essa experiência, o local agora tem música ao vivo todos os dias, com harpa paraguaia.
O Juanita Restaurante fica na Rua Nossa Senhora da Penha, 854, Bonito (MS) - (Veja como chegar)
Os horários de funcionamento são:
Segunda, terça e quinta: 11h às 14h30 | 18h às 22h30
Sexta a domingo: 11h às 15h | 18h às 22h30
Consulte o cardápio em: www.juanita.com.br.
Siga o @juanitarestaurante no Instagram.





