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Direto das Ruas

Após dois anos de espera, exame de menino autista pode ser adiado por burocracia

O pedido médico foi questionado pelo hospital um dia antes da consulta e criança precisa de laudo para escola

Por Ketlen Gomes | 15/05/2025 16:42
Após dois anos de espera, exame de menino autista pode ser adiado por burocracia
Mãe aguarda há dois anos por exame para filho autista, mas hospital quer adiar. (Foto: Direto das Ruas)

A vendedora autônoma Ana Karolina Marque Fremiont, de 27 anos, é mãe de uma criança autista de oito anos e há dois anos aguarda a realização de um exame de eletroencefalograma sem sedação, que estava previsto para acontecer nesta sexta-feira (16), mas deverá ser adiado novamente. Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.

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Mãe de criança autista enfrenta novo adiamento de exame após dois anos de espera devido a questões burocráticas no Hospital Nosso Lar, em Campo Grande. O procedimento, um eletroencefalograma sem sedação, foi cancelado por suposta ausência de carimbo médico no pedido, embora a documentação apresentada mostre o contrário. O exame é fundamental para que a criança de oito anos obtenha encaminhamento para neuropediatra e laudo necessário ao acompanhamento escolar adequado. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) havia confirmado o agendamento há três semanas, mas agora indica que uma nova solicitação médica seria necessária.

Segundo Ana Karolina, o Hospital Nosso Lar, onde o exame seria realizado, enviou uma mensagem nesta quinta-feira (15) informando que seria necessário um novo pedido médico para o atendimento do filho.

Na mensagem, o hospital afirma que o modelo do pedido está correto, mas faltaria o carimbo do médico solicitante, motivo pelo qual o documento não seria aceito pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). O comunicado orientava ainda que a mãe procurasse um posto de saúde para solicitar a troca do pedido, afirmando que qualquer médico poderia refazê-lo.

No entanto, Ana Karolina encaminhou à reportagem uma imagem do pedido em que o carimbo do médico está visível, embora um pouco apagado. Ela explica que o desgaste se deve ao tempo, já que o documento foi emitido há dois anos e o carimbo foi refeito no ano passado.

“Eles [Hospital Nosso Lar] querem um carimbo nítido, mas querem que eu refaça a solicitação. A Sesau me falou que eu preciso resolver primeiro com o pessoal do hospital para depois refazer, porque não tem como emitir outro pedido. Se eu for fazer com carimbo de outro médico, vai demorar. Essa médica já até pediu demissão do posto”, desabafa.

A maior preocupação da mãe é o tempo de espera. O exame é essencial para que o filho consiga encaminhamento com neuropediatra e obtenha o laudo necessário para frequentar a escola com acompanhamento adequado.

Ela relata que entrou em contato com a ouvidoria da Sesau, que informou que, se o carimbo for trocado, todo o pedido precisará ser refeito. A secretaria chegou a enviar à mãe, há três semanas, uma mensagem de confirmação com data, horário e informações do agendamento.

A Sesau informou que o exame ainda está agendado, e está tentando auxiliar a mãe na questão do carimbo mais visível, para que o atendimento seja feito. A reportagem procurou o Hospital Nosso Lar, mas até a publicação da matéria não obteve resposta.

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