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Direto das Ruas

Candidatos reclamam de teste físico da Polícia Civil em pista improvisada

Chuva que atingiu a Capital no domingo (23) alagou área oficial e participantes correram em estacionamento

Por Clara Farias | 26/11/2025 08:14
Candidatos reclamam de teste físico da Polícia Civil em pista improvisada
Pistas onde os Testes de Aptidão Física aconteceram (Foto: Reprodução/Campo Grande News)

Candidatos que participaram do TAF (Teste de Aptidão Física) do concurso da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, no último domingo (23), reclamam das condições da pista e dos critérios de avaliação. Segundo eles, devido à chuva que atingiu a Capital, a pista oficial ficou alagada e a banca improvisou o percurso no estacionamento do Colégio Militar.

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Candidatos do concurso da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul relatam irregularidades durante o Teste de Aptidão Física (TAF) realizado no último domingo. Devido à chuva, a prova foi transferida da pista oficial para um estacionamento do Colégio Militar, com condições inadequadas de iluminação e infraestrutura. Participantes denunciam problemas na aferição dos 200 metros da corrida, falta de critérios claros na avaliação das flexões e condições insalubres para realização dos exercícios. A banca organizadora, Avalia, não se manifestou sobre as reclamações até o momento.

Esse caso foi sugerido por alguns leitores que enviaram mensagem pelo canal Direto das Ruas.

Uma das candidatas, de 27 anos, que pediu para não ser identificada por medo de ser prejudicada, contou à reportagem que, após a chuva, a banca decidiu manter a aplicação da prova no estacionamento. Para cumprir os 200 metros previstos em edital, os participantes precisavam ir e voltar pelo mesmo trajeto.

Ela explica que a pista original tinha piso regular, curvas amplas, iluminação adequada e metragem aferida por microchip. Já o percurso improvisado não oferecia as mesmas condições. Segundo a candidata, a área era estreita, delimitada apenas por cones e continha uma curva acentuada, que exigia redução brusca de velocidade.

“Esses 200 metros não foram aferidos pelo chip eletrônico. Como estava escuro, usaram ambulâncias para iluminar a pista, que ainda assim ficou muito escura. Teve gente que caiu. Eles nos mantiveram o tempo todo sem resposta, afirmando apenas que a prova não seria adiada e que deveríamos permanecer lá”, relatou.

Outra candidata, de 42 anos, disse que, mesmo realizando o teste na pista oficial, também se sentiu prejudicada. “Corremos na chuva e houve diversas irregularidades. As mulheres precisavam fazer 14 flexões, mas para algumas pessoas foram contabilizadas e para outras não”, reclamou.

Ela afirma ainda que os candidatos não puderam filmar o local e que, ao pedirem as imagens à Banca Avalia, tiveram o pedido negado. “Simplesmente vão indeferir nossos recursos administrativos”, completou.

Outra participante relatou que a largada da corrida foi feita em fila. “Quem ficou por último acabou prejudicada. A largada deveria ter sido lateralizada. Durante a corrida, os fiscais não conferiram a distância percorrida e anotaram valores no achismo”, afirmou.

Segundo ela, os participantes avançavam pelas etapas sem saber se haviam sido aprovados na anterior. “Exigiram que colocássemos as mãos exatamente no mesmo lugar onde centenas de candidatos já haviam colocado as mãos para fazer as flexões. Na minha bateria, muita gente reprovou porque estava escorregando. Não houve critério claro para avaliar a flexão”, finalizou.

O Campo Grande News tentou contato com a banca responsável pela aplicação da prova, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço permanece aberto para manifestação.

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