Motoristas esperam mais de 4 horas pela chegada de juizado em acidente simples
Demora no atendimento provocou prejuízos, cancelamento de compromissos e horas de espera sob o sol

Um acidente considerado simples, envolvendo um Ônix e um Sentra, ocorrido na manhã desta terça-feira (14), na Rua Espírito Santo, em Campo Grande, causou transtornos a motoristas devido à demora de mais de quatro horas para a chegada do Juizado de Trânsito.
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Acidente simples entre dois veículos na Rua Espírito Santo, em Campo Grande, resultou em espera de mais de quatro horas pela chegada do Juizado de Trânsito. A colisão ocorreu às 10h38 desta terça-feira, envolvendo um Ônix e um Sentra, e só foi resolvida após às 15h30. A demora causou diversos transtornos aos envolvidos, incluindo cancelamento de compromissos e perda de consulta médica. Quando o Juizado chegou, a situação foi solucionada em menos de 10 minutos. A justificativa dada foi o atendimento a um engavetamento em outro local.
O tatuador Bernardo Spengler, de 32 anos, contou que havia ido buscar o filho em uma escola de inglês e, ao tentar fazer o retorno para seguir na mesma rua, outro veículo parou ao lado e impediu a passagem. Ele percebeu que a motorista pretendia estacionar na vaga em que estava e tentou sair para dar espaço.
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Nesse momento, parte da visão da via ficou bloqueada e, ao sair, o carro que estava atrás da motorista tentou ultrapassar, provocando a batida. O acidente aconteceu às 10h38, mas os motoristas só foram liberados após às 15h30, segundo Bernardo.
“Uma batida simples, muito rápida de resolver. A gente já tinha conversado ali entre si numa boa, que cada um cuidaria do seu carro. Só que o negócio foi que a gente chamou o juizado, por causa do seguro dele [outro motorista], e o juizado demorou quase cinco horas”, relatou.
Durante a espera, a esposa do tatuador precisou cancelar compromissos, o filho perdeu uma consulta odontológica e o outro motorista, que trabalha como motorista de aplicativo, deixou de comparecer a um velório e de realizar corridas.
Sem poder deixar o local, ambos ficaram horas sem almoçar e contaram apenas com o apoio da escola de inglês, que cedeu água e banheiro. Bernardo relata que, quando o Juizado de Trânsito finalmente chegou, a situação foi resolvida em menos de 10 minutos.
“Eles disseram que estavam em um engavetamento”, contou.
A reportagem entrou em contato com o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), responsável pelo Juizado de Trânsito, para questionar o motivo da demora no atendimento. Até a publicação desta matéria, não houve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.
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