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Direto das Ruas

“Situação muito complicada”, diz familiar de preso sobre protesto de policiais

Os policiais penais cobram a regulamentação da lei sobre a profissão, conforme informou o sindicato

Por Viviane Oliveira | 11/12/2024 17:53
Imagem encaminhada por familiar de detento que mostra a sacola com pertences que não pôde ser entregue (Foto: Direto das Ruas) 
Imagem encaminhada por familiar de detento que mostra a sacola com pertences que não pôde ser entregue (Foto: Direto das Ruas)

Em mais um dia, protesto de policiais penais afetou a entrega de pertences aos presos do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima, no Complexo Penitenciário, localizado na Rua Indianápolis, no Jardim Noroeste, em Campo Grande, nesta quarta-feira (11).

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Um protesto de policiais penais afetou a entrega de pertences aos presos do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande. Devido à falta de servidores, familiares não puderam entregar itens essenciais, como toalhas e roupas, o que agrava a já complicada situação dos internos, que enfrentam falta de água, atendimento médico inadequado e alimentação de baixa qualidade. Os policiais exigem a regulamentação de sua profissão e melhorias nas condições de trabalho, destacando a sobrecarga que enfrentam, especialmente em um estado com fronteiras com Paraguai e Bolívia. A assembleia dos policiais penais discutiu a continuidade dos protestos, mas não houve retorno sobre a decisão até o fechamento da reportagem.

Segundo a universitária de 38 anos, irmã de interno da Máxima, às 14h foi informada de que não seria possível entregar os itens, como toalhas, chinelos, lençóis, roupas, levados uma vez por mês pelos familiares, por causa do número reduzido de servidores.

“A situação dos internos é muito complicada, muito degradante. Eles não têm água fresca, não tem bebedouro. Eles não têm atendimento médico de qualidade nem odontológico. A alimentação também é muito ruim”, reclamou.

Os policiais penais cobram a regulamentação da lei sobre a profissão, apontando que assumiram tarefas de segurança pública, a exemplo da Polícia Militar, mas atuam com insegurança jurídica, como em relação ao uso de armas.

Também mencionam que o plano de carreiras prevê a chegada ao topo após 40 anos de serviço, enquanto já poderiam se aposentar aos 30, o que impediria alcançar a melhor remuneração. “O que a gente pede como familiar de detento é que o Estado olhe por eles, dê formas dignas de trabalho para os agentes penitenciários, porque são eles que cuidam dos nossos familiares lá dentro”, disse a universitária.

O presidente do Sinsap/MS (Sindicato dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso do Sul), André Luiz Santiago, destacou também a necessidade de ampliar o quadro, porque a situação atual é de sobrecarga, situação que se torna preocupante em um Estado com duas fronteiras, com Paraguai e Bolívia.

Nesta tarde, os policiais penais se reuniram em assembleia extraordinária para decidir se seguem com os protestos. A reportagem tentou contato com Santiago para saber sobre o resultado, mas não houve retorno até o fechamento do texto.

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