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Economia

Com mais etanol na gasolina, MS aposta também em menor emissão de CO2

A mistura obrigatória de etanol na gasolina passará de 27% para 30% e do biodiesel no diesel, de 14% para 15%

Por Izabela Cavalcanti | 02/07/2025 08:19
Com mais etanol na gasolina, MS aposta também em menor emissão de CO2
Bombas de gasolina e etanol em posto de combustíveis de Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)

O aumento da mistura do etanol na gasolina e do biodiesel no diesel, autorizados pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), tem vantagens econômica e ambiental, segundo o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck. Os novos percentuais entram em vigor a partir de 1º de agosto.

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Aumento na mistura de etanol e biodiesel trará benefícios econômicos e ambientais. A partir de 1º de agosto, a mistura obrigatória de etanol na gasolina subirá de 27% para 30%, enquanto a de biodiesel no diesel aumentará de 14% para 15%. A medida visa reduzir as emissões de CO2, estimular a produção nacional e impulsionar a cadeia produtiva. O governo federal prevê a autossuficiência na produção de gasolina em 15 anos e redução no preço do combustível. A ampliação do mercado de soja para produção de biodiesel também é um ponto positivo, favorecendo estados como Mato Grosso do Sul, que possuem usinas de biodiesel. A medida estimula o uso de combustíveis renováveis, melhora o perfil de emissões e fortalece a indústria brasileira no setor. A Biosul prevê geração de empregos e atração de investimentos, além do aumento na produção de etanol anidro, gerando maior receita tributária para o estado. Em 2024, Mato Grosso do Sul produziu 3,163 bilhões de litros de etanol hidratado e 1,146 bilhão de litros de etanol anidro.

“Isso favorece significativamente a redução das emissões de CO2 e, por outro lado, obviamente, aumenta a demanda interna pelo etanol, o que é bom toda a cadeia produtiva nacional. Nós sabemos que, dentro da estrutura de descarbonização, um dos combustíveis fósseis mais poluentes é o diesel e nossa matriz de transporte está totalmente calcada nesse patamar”, pontuou.

A mistura obrigatória de etanol na gasolina passará de 27% para 30% e do biodiesel no diesel, de 14% para 15%.

Com a nova medida, o Governo Federal acredita que o Brasil possa voltar a ser autossuficiente na produção de gasolina em 15 anos e o preço do combustível possa cair até 20 centavos nos postos.

O secretário Jaime Verruck também destacou que a medida implica no mercado de soja. “Nós temos no Estado usinas de produção de biodiesel. Então isso amplia o mercado na área da soja que é importante produtor de óleo de soja para a produção de biodiesel e também de outros de resíduos industriais que são utilizados para a produção de biodiesel. É uma medida extremamente favorável e positiva com um alinhamento muito forte para aumentar o uso do combustível renovável no consumo, melhorar o perfil de emissões no Brasil e no Mato Grosso Sul e estimular a indústria brasileira que já é uma indústria de competitividade global nessa área”, completou.

Na visão da Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul) há a possibilidade de gerar empregos e ampliar novos investimentos no Estado, que já é um grande produtor de etanol e de biodiesel.

“A ampliação da mistura fortalece a indústria local, atrai investimentos, gera empregos e estimula a produção de etanol anidro que pode gerar mais receita tributária ao Estado, reforçando o seu protagonismo na produção de energia limpa e na contribuição à transição energética do país."

Produção – Ainda conforme a Biosul, em 2024, foram produzidos 3,163 bilhões de litros de etanol hidratado no Estado e 1,146 bilhão de litros do etanol anidro. O etanol hidratado é o combustível usado nos carros híbridos ou a álcool e o etanol anidro é utilizado para misturar na gasolina.

Em relação ao consumo, foram 370 milhões de litros do etanol hidratado também no ano passado, de acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Biocombustíveis e Derivados).

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