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Economia

Banco Central cria mecanismo para identificar e encerrar contas irregulares

Normas buscam evitar fraudes e garantem capital mínimo mais alto para instituições financeiras

Por Gustavo Bonotto | 03/11/2025 22:39
Banco Central cria mecanismo para identificar e encerrar contas irregulares
Cliente acessa página de Pix em aplicativo bancário. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Banco Central alterou regras para encerrar contas bancárias abertas de forma irregular, conhecidas como contas-bolsão, usadas por fintechs em bancos tradicionais. As mudanças, publicadas nesta segunda-feira (3), entram em vigor em 1º de dezembro e têm o objetivo de coibir fraudes e reforçar a segurança do sistema financeiro nacional.

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O Banco Central anunciou mudanças nas regras para encerramento de contas-bolsão, utilizadas irregularmente por fintechs em bancos tradicionais. As novas diretrizes, que entram em vigor em dezembro, visam combater fraudes e fortalecer a segurança do sistema financeiro nacional.A regulamentação também altera o cálculo do capital mínimo exigido de instituições financeiras, considerando seu porte e atividade. Aproximadamente 500 instituições precisarão aumentar seu capital até 2027, especialmente aquelas com grande volume de transações digitais, como o Pix.

As contas-bolsão são abertas em nome de terceiros para ocultar a identidade de clientes ou substituir obrigações financeiras, prática que pode facilitar crimes como lavagem de dinheiro. A partir de agora, os bancos terão de adotar critérios para identificar esse tipo de movimentação e comunicar o encerramento das contas após notificação aos clientes.

Segundo o Banco Central, as novas regras não impedem a inovação tecnológica do setor, mas buscam reforçar a integridade das operações. O órgão informou que as instituições poderão usar dados públicos ou privados para detectar irregularidades. A documentação sobre encerramentos compulsórios deverá ser mantida por, no mínimo, dez anos.

Outra mudança definida pelo BC e pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) diz respeito ao cálculo do capital mínimo exigido de bancos e fintechs. O novo modelo leva em conta o porte e o tipo de atividade de cada instituição, garantindo reservas suficientes para cobrir riscos e custos operacionais.

A regulação prevê valores mais altos para instituições que atuam com grande volume de transações digitais, como o Pix. Segundo o Banco Central, o ajuste será gradual e deve ser concluído até dezembro de 2027. Cerca de 500 instituições precisarão reforçar o capital para atender às novas exigências.

As resoluções completas estão disponíveis no site do Banco Central, sob os números CMN 5.261, BCB 518, Conjunta 14 e BCB 517.

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