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Economia

Dólar à vista fecha em alta e atinge novo recorde, cotado a R$ 6,07

Índice Ibovespa também recuou, fechando com uma queda de 1,5%, aos 125.946 pontos

Por Gustavo Bonotto | 06/12/2024 19:16
Cédulas do dólar, moeda estadunidense usada em transações internacionais. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Cédulas do dólar, moeda estadunidense usada em transações internacionais. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar comercial fechou em alta nesta sexta-feira (6), atingindo um novo recorde de valor nominal desde a criação do Plano Real, ao ser cotado a R$ 6,0713, com uma alta de 1% em relação ao dia anterior.

No início do dia, a moeda chegou a cair, sendo cotada a R$ 5,99 por volta das 10h45, mas reverteu a tendência após a divulgação de dados de emprego dos Estados Unidos, que superaram as expectativas do mercado. O valor de fechamento também ultrapassou o recorde anterior, registrado na última segunda-feira (2), quando o dólar havia terminado a R$ 6,06.

A alta do dólar foi impulsionada pela criação de 227 mil novas vagas de emprego nos Estados Unidos, conforme o relatório mensal de empregos, o payroll, que superou as previsões. Esse dado foi interpretado pelos investidores como um sinal de que o Fed (Federal Reserve), banco central norte-americano, pode adiar novos cortes nas taxas de juros. Em 2024, o dólar acumula uma valorização de 25,1%.

Em um dia marcado pelo nervosismo nos mercados, o índice Ibovespa também recuou, fechando com uma queda de 1,5%, aos 125.946 pontos. A bolsa de valores brasileira reagiu negativamente aos dados de emprego dos EUA, que sinalizam uma possível aceleração da economia global, o que tende a fortalecer o dólar.

Além disso, o mercado brasileiro continuou atento ao cenário fiscal, especialmente em relação ao pacote de corte de gastos obrigatórios do governo, que está sendo debatido no Congresso Nacional. O temor de que as propostas possam ser enfraquecidas por emendas parlamentares influenciou o humor dos investidores. A expectativa é que, na próxima semana, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil aplique uma nova alta na taxa Selic, o que também afetou o movimento do mercado.

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