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Economia

Dólar à vista recua a R$ 5,32 e atinge menor cotação em 15 meses

Queda da moeda americana ocorre às vésperas da decisão de juros nos EUA

Por Gustavo Bonotto | 15/09/2025 19:10
Dólar à vista recua a R$ 5,32 e atinge menor cotação em 15 meses
Cédula do dólar, moeda norte-americana. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar à vista caiu 0,61% e fechou a R$ 5,32 nesta segunda-feira (15), no menor valor desde junho de 2024, quando havia encerrado a R$ 5,24.

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Dólar fecha em R$ 5,32, menor valor em 15 meses, com expectativa de corte de juros nos EUA. A desvalorização da moeda americana é impulsionada pela possibilidade de o Federal Reserve (Fed) reduzir os juros nesta quarta-feira, o que afasta investidores de títulos americanos e beneficia moedas de países com juros mais altos, como o real. Ibovespa acompanha otimismo e atinge novo recorde, fechando em 143.547 pontos.A queda do dólar e a alta da bolsa brasileira também refletem dados econômicos divulgados. O Banco Central reduziu a previsão de inflação para 2025 e o IBC-Br de julho recuou. Nos EUA, o índice Empire State apontou contração na atividade industrial, reforçando a perspectiva de corte de juros. Bolsas internacionais operaram em alta, com investidores projetando três cortes de 0,25 ponto percentual nos juros americanos até dezembro.

A desvalorização ocorre em meio à expectativa de que o Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, corte os juros na chamada “Superquarta”, marcada para esta quarta-feira (17). A possibilidade de redução no custo do dinheiro afasta investidores dos títulos americanos e fortalece moedas de países com juros mais altos, como o real.

Enquanto o dólar perdeu força, o Ibovespa subiu 0,90% e terminou o pregão aos 143.547 pontos, um novo recorde histórico. O índice chegou a tocar 144.194 pontos durante a sessão, mas perdeu fôlego no fim do dia.

A valorização da bolsa acompanha o otimismo do mercado com a perspectiva de que os cortes nos juros americanos aumentem o fluxo de capital para países emergentes, incluindo o Brasil.

O movimento no câmbio e na bolsa também é influenciado por dados divulgados nesta manhã. O Banco Central reduziu a previsão de inflação para 2025 de 4,85% para 4,83%, segundo o boletim Focus, e informou que o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) de julho caiu 0,5%, no terceiro recuo seguido.

Nos Estados Unidos, o índice Empire State, que mede a atividade industrial de Nova York, passou de 11,90 em agosto para -8,70 em setembro, reforçando a percepção de desaquecimento econômico e elevando as apostas em um corte de juros pelo Fed.

As bolsas internacionais também operaram em alta, com exceção de Londres, que teve leve queda. Em Nova York, o Nasdaq avançou 0,94% e o S&P 500 (Standard & Poor's 500) subiu 0,51%, enquanto o Dow Jones teve ganho de 0,11%. Na Europa, Paris, Milão e Frankfurt registraram altas, e o índice Stoxx 600 fechou com elevação de 0,42%. Na Ásia, Hong Kong atingiu o maior nível em quatro anos, e Seul e Xangai também tiveram avanços.

Investidores projetam três cortes de 0,25 ponto percentual na taxa de juros americana entre setembro e dezembro. O presidente Donald Trump (Republicano) chegou a pressionar publicamente o presidente do Fed, Jerome Powell, para que adote um corte mais amplo ainda nesta semana.

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