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Economia

Dólar fecha a R$ 5,56 e Ibovespa recua com tensão no mercado

Moeda norte-americana sobe 0,75% nesta sexta; bolsa encerra em 133.524 pontos

Por Gustavo Bonotto | 25/07/2025 19:19
Dólar fecha a R$ 5,56 e Ibovespa recua com tensão no mercado
Cédula do dólar, moeda norte-americana. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar comercial subiu 0,75% nesta sexta-feira (25) e fechou cotado a R$ 5,5. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, caiu 0,21%, encerrando o pregão com 133.524 pontos. Foi o segundo dia seguido de baixa para o índice, que acumula perda de 3,84% em julho.

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Dólar e Ibovespa oscilaram em sentidos opostos nesta sexta-feira (25), pressionados por incertezas no cenário internacional e interno. O dólar comercial encerrou o dia em alta de 0,75%, cotado a R$ 5,56, acumulando valorização de 2,34% no mês, apesar da queda semanal de 0,45%. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, recuou 0,21%, fechando em 133.524 pontos, com queda acumulada de 3,84% em julho, embora tenha registrado leve alta semanal de 0,11%. A tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos, com a iminente tarifa sobre produtos brasileiros anunciada pelo presidente Trump, e a falta de negociações diretas entre os governos, contribuíram para a volatilidade do mercado. Internamente, a prévia da inflação (IPCA-15) de julho, que subiu 0,33%, influenciada pela alta nas contas de luz, reduziu as expectativas de corte de juros pelo Banco Central, impactando negativamente o Ibovespa. A possibilidade de novos acordos comerciais entre os EUA e a União Europeia também pressiona o mercado brasileiro.

Mesmo com a alta no dia, o dólar acumula queda de 0,45% na semana. No mês, porém, registra valorização de 2,34%. No ano, a moeda ainda recua 9,98%. Já o Ibovespa fechou a semana com leve alta de 0,11%, mas segue pressionado pela falta de perspectiva de corte de juros e pela instabilidade política internacional.

As oscilações do mercado refletem o impasse nas negociações entre Brasil e Estados Unidos. O presidente Donald Trump (Republicano) anunciou tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. Até agora, o governo brasileiro não conseguiu abrir um canal direto de diálogo com a Casa Branca.

A falta de acordo preocupa investidores. Nesta semana, o presidente Lula (PT) admitiu que não há tratativas diretas com o governo americano. Interlocutores relataram que Trump não autorizou sua equipe a negociar com o Brasil. Enquanto isso, os EUA já fecharam acordos com Japão, Filipinas e podem avançar com a União Europeia.

A alta do dólar também foi influenciada pela expectativa de um encontro entre Trump e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, no próximo domingo (27). As conversas com o bloco europeu podem resultar em nova rodada de acordos e ampliar o isolamento comercial do Brasil.

No cenário interno, o mercado de ações também foi afetado pela prévia da inflação oficial. O IPCA-15 de julho subiu 0,33%, pressionado pela alta nas contas de luz. O avanço diminui a chance de o Banco Central reduzir os juros ainda neste ano, o que reduz o apetite por renda variável e favorece investimentos mais conservadores.

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