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Economia

Dólar recua para R$ 5,50 após ataque do Irã a bases dos EUA; Bolsa cai

Resposta considerada moderada reduz tensão no mercado, mas ações da Petrobras pressionam o Ibovespa

Por Gustavo Bonotto | 23/06/2025 19:13
Dólar recua para R$ 5,50 após ataque do Irã a bases dos EUA; Bolsa cai
Cédula do dólar. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (23), cotado a R$ 5,50, após o Irã lançar mísseis contra bases dos Estados Unidos no Catar e no Iraque. A reação iraniana, considerada menos agressiva, acalmou parte dos investidores, que temiam uma escalada no conflito no Oriente Médio. Mesmo com a trégua parcial, a Bolsa de Valores recuou 0,41%, encerrando aos 136.550 pontos, no menor nível em duas semanas, influenciada pela forte queda no preço do petróleo.

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Dólar recua e Bolsa cai após ataque do Irã a bases dos EUA. A moeda americana fechou em R$ 5,50, queda de 0,4%, após o Irã atacar bases americanas no Catar e Iraque. A resposta iraniana, considerada moderada, amenizou temores de escalada do conflito no Oriente Médio. Apesar da trégua, a Bolsa de Valores caiu 0,41%, fechando em 136.550 pontos, menor nível em duas semanas, pressionada pela queda do petróleo. O Ibovespa registrou a quarta queda seguida, impactado pela desvalorização do petróleo Brent, que recuou 7%. As ações da Petrobras acompanharam a tendência, com queda de 2,81% nos papéis ordinários e 2,5% nos preferenciais. A tensão geopolítica teve início com ataques americanos a instalações nucleares iranianas. O Irã retaliou, mas comunicou os EUA previamente, evitando vítimas. Internamente, o mercado aguarda a ata do Copom para avaliar os rumos da taxa Selic.

A cotação do dólar caiu 0,4%, após atingir R$ 5,49 na mínima do dia. Desde o início de junho, a moeda acumula retração de 3,78% e, no ano, já recuou 10,92%. O alívio veio após a confirmação de que não houve vítimas no ataque iraniano e que Teerã havia comunicado previamente os americanos sobre a ofensiva.

O Ibovespa registrou a quarta queda consecutiva. O principal índice da B3 sofreu impacto das ações da Petrobras, que acompanharam a desvalorização de 7% no preço do barril do petróleo tipo Brent, negociado a US$ 71. Os papéis ordinários da estatal caíram 2,81%, enquanto os preferenciais recuaram 2,5%.

A tensão no mercado começou no fim de semana, quando os Estados Unidos atacaram três instalações nucleares no Irã. Em resposta, o Parlamento iraniano aprovou o bloqueio do Estreito de Ormuz, rota estratégica para o transporte global de petróleo. Apesar da aprovação, a medida ainda não foi implementada, o que ajudou a reduzir a pressão sobre os mercados.

Nesta segunda, o Irã retaliou com mísseis contra a base aérea americana de Al-Udeid, no Catar, uma das maiores do Oriente Médio, além de alvos no Iraque. Explosões foram registradas em Doha, mas não houve mortos nem feridos, segundo autoridades dos dois países. O presidente dos EUA, Donald Trump (Republicano), confirmou que o Irã avisou sobre o ataque e agradeceu pela comunicação, afirmando que isso evitou danos maiores.

A queda no petróleo também reflete a decisão do Irã de não interromper o tráfego de navios no Estreito de Ormuz. Cerca de 20% do petróleo mundial passa por essa rota. Analistas avaliam que, sem o bloqueio, a commodity não deve sofrer alta expressiva, apesar da guerra na região.

No cenário interno, a ausência de indicadores econômicos relevantes manteve o foco dos investidores no exterior. O mercado aguarda a ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que será divulgada nesta terça-feira (24). A expectativa é por sinais sobre os próximos passos da taxa Selic, que subiu para 15% ao ano, o maior patamar desde 2006.

Nos Estados Unidos, o mercado também observa os impactos da guerra tarifária iniciada por Trump, que retomou a cobrança de tarifas sobre produtos de mais de 180 países. A medida pressiona a inflação americana, que já dá sinais de aceleração, segundo dados preliminares da atividade industrial.

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