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Economia

Dólar vai a R$ 5,39 e pressiona a bolsa com expectativa de juros nos EUA

Alta da moeda americana reflete cautela global e reduz apetite de investidores por ações na B3

Por Gustavo Bonotto | 31/10/2025 19:02
Dólar vai a R$ 5,39 e pressiona a bolsa com expectativa de juros nos EUA
Cédulas do dólar. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar comercial fechou em alta nesta quinta-feira (31), cotado a R$ 5,39, com valorização de 0,9% no dia. A moeda americana subiu em meio à expectativa de que o Federal Reserve mantenha os juros elevados por mais tempo, o que reforça a saída de capital de países emergentes. A combinação de tensões externas e incertezas fiscais internas sustentou a pressão sobre o câmbio e derrubou o ânimo da bolsa.

RESUMO

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O dólar comercial encerrou em alta de 0,9% nesta quinta-feira (31), cotado a R$ 5,39, impulsionado pela expectativa de manutenção dos juros elevados pelo Federal Reserve. O cenário provocou saída de capital de países emergentes e, combinado com incertezas fiscais internas, pressionou o câmbio brasileiro.Na B3, o Ibovespa recuou 1,1%, operando abaixo dos 125 mil pontos. Investidores reduziram exposição em setores sensíveis à variação dos juros e do dólar, como consumo e construção civil. A preocupação com o ajuste das contas públicas no Brasil e dados robustos da economia americana contribuíram para o fortalecimento do dólar frente a outras moedas emergentes.

Na B3, o Ibovespa recuou 1,1% e voltou a operar abaixo dos 125 mil pontos. Investidores reduziram exposição a papéis ligados ao consumo e à construção civil, setores mais sensíveis à variação dos juros e do dólar. O movimento foi reforçado por estrangeiros que realizaram lucros e buscaram ativos em dólar, considerados mais seguros diante do cenário global.

A alta da moeda reflete também a preocupação com o ritmo de ajuste das contas públicas no Brasil. O mercado avalia que a incerteza fiscal aumenta o risco-país e limita o espaço para cortes na taxa Selic, o que reduz a atratividade dos investimentos locais. Esse ambiente estimula a procura por dólar e pressiona o câmbio.

No exterior, o dólar ganhou força frente a outras moedas emergentes, impulsionado por dados robustos da economia americana. A leitura de que os juros altos devem persistir atrai recursos para os títulos do Tesouro dos Estados Unidos e mantém a pressão sobre moedas de países exportadores de commodities, como o real.

O comportamento do câmbio e da bolsa resume a fase de cautela do mercado, que monitora cada sinal da política monetária americana e das contas públicas brasileiras. Para analistas, a cotação próxima de R$ 5,40 indica que o dólar segue ditando o ritmo dos negócios no fim de outubro.

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