Dólar vai a R$ 5,51 e bolsa recua diante de impasse entre Brasil e Trump
Ibovespa recuou 1,15%, fechando aos 133.808 pontos; veja os destaques

O dólar comercial caiu 0,05% nesta quinta-feira (24), cotado a R$ 5,51, enquanto o Ibovespa recuou 1,15%, fechando aos 133.808 pontos. A queda da moeda e o desempenho negativo da bolsa ocorreram em meio à expectativa do mercado com a aproximação do prazo final para a tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Dólar fecha em queda e Ibovespa recua com incertezas sobre tarifa americana. A moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 5,5198, com queda de 0,05%, enquanto o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou em 133.808 pontos, com recuo de 1,15%. A proximidade do prazo para a aplicação da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos gera apreensão no mercado. Investidores demonstram cautela diante da falta de acordo entre Brasil e Estados Unidos, apesar de negociações com outros países. O presidente Lula afirmou não haver abertura para diálogo com Donald Trump sobre a tarifa, que deve entrar em vigor em 1º de agosto. A possibilidade de um novo acordo comercial entre EUA e União Europeia, com tarifa de 15% sobre produtos europeus, também contribuiu para a instabilidade, assim como a pressão de Trump sobre o Federal Reserve por juros mais baixos.
Mesmo com o anúncio de três acordos comerciais por parte dos Estados Unidos, o Brasil ainda não obteve sucesso nas negociações. A falta de avanço aumentou a cautela entre investidores, que enxergam riscos para o desempenho econômico do país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não há abertura por parte de Donald Trump para diálogo direto sobre o tarifaço, previsto para começar em 1º de agosto.
O mercado financeiro também reagiu à perspectiva de um novo tratado entre os EUA e a União Europeia, que pode estabelecer uma tarifa de 15% sobre produtos europeus. A movimentação acontece após os norte-americanos já terem firmado acordos com Japão e Filipinas. No caso brasileiro, o Itamaraty condenou publicamente as medidas adotadas por Trump durante discurso na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Além disso, o presidente norte-americano voltou a pressionar o Federal Reserve (Fed) por juros mais baixos, o que adicionou instabilidade ao cenário internacional. Trump criticou novamente o presidente do Fed, Jerome Powell, e informou que fará uma visita ao banco central norte-americano.
Receba as principais notícias do Estado pelo celular. Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp.